Loyola admite apetite do governo por partidos e diz que meta é fortalecer o governo e sua base: ‘não existe eleição fácil’

secretário de Relações Institucionais da Bahia, Adolpho Loyola, afirmou, nesta quarta-feira (30), que a volta do PDT à base do governador Jerônimo Rodrigues (PT) é um marco histórico para a coalizão. Em entrevista ao Portal M!, ele destacou o reforço político proporcionado pelo partido e as estratégias para lidar com fusões partidárias e a aproximação de deputados da oposição.

Importante o retorno do PDT para a nossa base, é um retorno histórico, partidos de histórias semelhantes na luta dos trabalhadores e dos trabalhistas. Para nós é muito importante ter esse apoio novamente, trazer o deputado Félix, os pré-candidatos, os oito prefeitos, os dez vices e mais de cem vereadores, é mais uma infantaria do nosso exército para nossa reeleição em 26”, declarou Loyola.

O PDT agrega ao governo nomes como o deputado Félix Mendonça Jr., além de oito prefeitos, dez vice-prefeitos e mais de cem vereadores, ampliando a base eleitoral para a disputa pela reeleição de Jerônimo em 2026.

Negociações em meio a fusões partidárias

Sobre a fusão entre PSDB e Podemos, Loyola destacou a necessidade de aguardar decisões nacionais antes de avançar nas conversas locais, já que o Podemos apoia o governo, enquanto o PSDB está na base do prefeito Bruno Reis (União Brasil).

Nós vamos conversar, vamos aguardar, vamos sem angústia, os partidos estão conversando nacionalmente, é uma decisão que não passa pelo diretório estadual do partido, passa sim pelo diretório nacional. Mas os partidos estão conversando. Então, primeiro essa resolução tem que vir nacionalmente“, disse.

Conforme Loyola, apenas a definição é que será possível retomar o diálogo. Segundo ele, já há conversas com a equipe do Podemos na Bahia, a exemplo do deputado Raimundo Costa, e do presidente estadual, Heber Santana.

Já estamos conversando com a equipe do Podemos aqui, os filiados do Podemos, o deputado Raimundo, Heber Santana, que marcha conosco, participa do governo, e em seguida nós vamos voltar às conversas depois da fusão”, explicou.

Loyola também abordou a federação entre União Brasil e o Progressistas (PP), que, embora esteja na oposição, tem seis deputados estaduais alinhados ao governo. Ele revelou que o governo busca formalizar a adesão dos parlamentares do PP, respeitando as limitações da janela partidária. Ele frisou, no entanto, que os parlamentares já auxiliam o governo na Assembleia.

Eles não podem fazer nenhuma movimentação partidária agora por causa da janela partidária. Então, nós vamos conversando, nós vamos construir, construir onde é que fica melhor para eles, onde é que do ponto de vista ideológico, partidário, onde é que eles se encaixam melhor, e nós vamos construir e vamos ajudar nisso”, afirmou.

Estratégia para a reeleição

As articulações de Loyola visam consolidar a base política e administrativa do governador Jerônimo, com o objetivo de fortalecer sua posição para a reeleição em 2026. O secretário enfatizou que o sucesso eleitoral será resultado de uma gestão organizada.

Primeiro a gente organiza administrativamente a política institucional, a política eleitoral e o voto vem na consequência”, declarou.

Apesar do foco na reeleição, Loyola reforçou que o governo mantém respeito pelo processo eleitoral e prioriza o trabalho contínuo para conquistar a confiança dos eleitores.

Não tem eleição tranquila, a gente sempre respeita. Eleição é eleição, não se brinca. O voto não aceita desaforo. Então nós vamos continuar trabalhando, continuar governando a Bahia, trabalhando muito, porque nada resiste à força do trabalho”, destacou. Osvaldo Lyra e Matheus Calmon-Muita Informação).

Foto: Divulgação/PDT