Durante encontro com Lula, Jaques Wagner e outras lideranças, ex-presidente da Assembleia da Bahia relembra momento descontraído e diz que, na política, fala-se de tudo — até de piadas que nem todos compreendem.
Em política, fala-se de projetos, estratégias eleitorais, leis e articulações — mas também há espaço para piadas e causos de bastidores. Foi nesse tom que o ex-presidente da Assembleia Legislativa da Bahia, Marcelo Nilo, relembrou um episódio curioso ocorrido durante um almoço no Palácio de Ondina, em Salvador, com figuras de alto escalão como Dilma Rousseff, Luiz Inácio Lula da Silva, Jaques Wagner e Gilberto Kassab.
Em vídeo divulgado nas redes sociais, Nilo contou que, em meio ao encontro, decidiu animar o ambiente com uma piada sertaneja — mas o desfecho não saiu como esperado:
Eu era presidente da Assembleia e me convidaram para um almoço no Palácio de Ondina. Estavam lá Rui Costa – articulador político, Jaques Wagner, Kassab, Dilma e Lula. Depois do almoço, começamos a contar piadas, e eu disse: ‘Vou contar pra vocês a história do Manezinho Sergipano’. Meu avô me contou que ele era o homem mais conhecido do mundo.
Segundo Nilo, a história corria assim:
Meu avô foi lá em Sergipe conhecer Manezinho. Cheguei levando umas mangas e perguntei: ‘Manezinho, é verdade que você é conhecido?’ Ele disse: ‘Não sei’. Perguntei: ‘Você conhece Pelé?’ Ele respondeu: ‘Jogou bola naquele campinho ali quando voltou da Copa de 70’.
‘E Roberto Carlos?’ — ‘Compôs Detalhes embaixo daquela árvore’.
‘E Lula?’ — ‘Tomou água naquela torneira ali’.
‘E Dilma?’ — ‘Ah, quando vai admitir ministro, sempre me liga’.
‘E o Papa?’ — ‘O atual, não conheço muito não, porque é argentino, às vezes passa 15 dias sem me ligar. Os outros me ligavam toda semana’.”
O relato prossegue:
Meu avô disse: ‘Vamos ao Vaticano ver se é verdade’. Chegaram lá, Manezinho de chapéu de couro e sandália. O guarda o reconheceu e disse: ‘O Papa vai ficar feliz!’.
Com dez minutos, o Papa parou a missa, chamou Manezinho lá pra cima e um velhinho. Aí passou um senhor e perguntou pro meu avô: ‘Amigo, aquele do lado de Manezinho é o Papa?’
E o avô respondeu: ‘Se é o Papa eu não sei, mas quem está do lado dele é Manoelzinho Sergipano!’
Segundo Marcelo Nilo, o salão caiu em gargalhadas — com uma única exceção:
Ela não entendeu a piada. Todo mundo riu, menos ela. Lula até disse: ‘Tucano, conta de novo, que a Dilma não sorriu’. E lá fui eu repetir a história do Manezinho Sergipano outra vez”, recordou.
Em tom leve e irônico, Nilo finalizou o relato dizendo que nem todo mundo no meio político compartilha do mesmo senso de humor, e que a política é feita também de momentos de descontração.
Em encontro político se fala de tudo: projetos, alianças, eleições — e até piadas. Faz parte do jogo e da convivência humana, completou.
Fonte/Texto e foto: Tanscrição de vídeo (áudio) (redes Sociais Marcelo Nilo.

