Senador, que conhece o general há 51 anos, disse que desconhece se essa condição de saúde afetou o trabalho dele à frente do Gabinete de Segurança Institucional de Jair Bolsonaro (PL)
O senador e ex-vice-presidente da República Hamilton Mourão (Republicanos-RS) disse à CNN, nesta quarta-feira (26), que notou a “decrepitude física e mental” do general Augusto Heleno ao longo dos últimos anos. O militar, preso por tentativa de golpe de Estado e outros crimes, afirmou durante exame de corpo de delito que desde 2018 vive com Alzheimer.
“Eu o conheço desde o ano de 1974, há bastante tempo. Ele era primeiro-tenente e eu era capitão, sempre foi um atleta extraordinário. No ano de 2007 ele teve um incidente de saúde, camarada do esporte, jogando tênis perdeu a força no braço. Se vocês olharem todas as imagens do Heleno desde aquele momento, ele tinha uma dificuldade enorme de levantar o braço. Era um problema neurológico que pode estar relacionado a essa questão do Alzheimer”, afirmou.Play
“Eu o conheço desde o ano de 1974, há bastante tempo. Ele era primeiro-tenente e eu era capitão, sempre foi um atleta extraordinário. No ano de 2007 ele teve um incidente de saúde, camarada do esporte, jogando tênis perdeu a força no braço. Se vocês olharem todas as imagens do Heleno desde aquele momento, ele tinha uma dificuldade enorme de levantar o braço. Era um problema neurológico que pode estar relacionado a essa questão do Alzheimer”, afirmou.
Segundo o senador, trata-se de uma doença que avança silenciosamente. “Um homem de 78 anos, ninguém chega a essa idade sem sequela, principalmente levando em consideração a vida que a gente tem como militar”, completou.
Questionado se essa condição de saúde afetou em algum momento o trabalho do general Heleno enquanto ministro de Estado durante o governo de Jair Bolsonaro, Mourão explicou que não tinha contato diário com ele. “Quem tinha esse contato era o presidente Bolsonaro”.
Perda de memória
Segundo o relatório médico do Exército, Heleno afirmou ter perda de memória recente e declarou viver um quadro progressivo de demência do tipo Alzheimer, acompanhado de prisão de ventre e hipertensão, que está sob tratamento medicamentoso.
O militar relatou ainda dor nas costas. A médica responsável registrou em relatório que Heleno estava em bom estado geral, lúcido e com sinais vitais normais. Diz ainda que se tratava de um idoso com aparência compatível com a idade e “com estado emocional estável”.
Condenado a 21 anos de prisão em regime inicial fechado, o general aguardava o fim do processo em liberdade. Conforme mostrou a CNN, fazia caminhadas e exercícios físicos regularmente na quadra onde morava.
Na terça-feira, o ministro Alexandre de Moraes declarou o trânsito em julgado da ação do golpe e determinou a prisão imediata do general.( Leonardo Ribbeiro, da CNN Brasil, Brasília).
Foto: CNN Brasil-Brasilia

