O ex-vereador de Salvador e pré-candidato a deputado, Luiz Carlos Suíca (PT), repercutiu mais um episódio de racismo no futebol ocorrido, no último sábado (04), durante a partida entre Guarapuava e Nacional-PR, válida pela Taça FPF (da Federação Paranaense de Futebol), que disputa vagas na Copa do Brasil.
Durante o jogo, o zagueiro Paulo Vitor, do Nacional, foi chamado de “macaco” pelo meia Diego, do Batel. Na sequência, o zagueiro partiu para cima de Diego, que deixou o estádio em uma ambulância. O protocolo antirracismo da FIFA, com o gesto característico dos braços cruzados, sinalizando o ocorrido, foi aplicado e a partida foi interrompida por cerca de 18 minutos.
De acordo com Suíca, que é militante da causa racial, episódios como esse não podem ser tolerados nem normalizados.
“Esse é mais um caso de racismo no futebol, que eu considero lamentável, mas vale destacar que o racismo está enraizado na sociedade e atinge todas as áreas. Só quem é negro sabe o tamanho da dor. Embora existam leis, os danos psicológicos que a prática racista causa no ser humano é imensurável e é por isso que eu sempre defendo que não podemos passar pano para racista”, disparou.
No Brasil, o racismo é um crime inafiançável e imprescritível, de acordo com a Constituição Federal. Desde 2023, com a Lei nº 14.532, a injúria racial, que antes era um crime contra a honra individual, também é tipificada como crime de racismo, com punição mais severa. Casos como esse devem ser registrados através de um Boletim de Ocorrência em uma delegacia de polícia. (Ascom).
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