A declaração do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) de
que o procurador-geral da República, Augusto Aras, está cotado para uma
eventual vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) causou forte reação
em todos os setores do Ministério Público Federal. A informação é do blog de
Gerson Camarotti, do portal G1.
Segundo a publicação, os procuradores e subprocuradores
temem que esse movimento de Bolsonaro cause forte desgaste para a imagem da
instituição.
?Essa fala do Bolsonaro, oferecendo a vaga ao Aras, é algo
de inacreditável. Enfraquece muito a PGR e coloca sob suspeição as
investigações que podem atingir o presidente. Aras deveria ficar distante dessa
relação política?, criticou um experiente subprocurador da República.
Já há um movimento entre procuradores para pressionar a
mudança na legislação para instituir a obrigatoriedade da lista tríplice para a
escolha do PGR. Atualmente, a lista é apenas uma tradição.
No Congresso, segundo o blog, há uma discussão sobre o fim
da recondução do PGR e uma espécie de quarentena depois do mandato para poder
ser indicado para outro cargo, como para ministro do STF.
Na quinta-feira (28), durante transmissão ao vivo por uma
rede social, Bolsonaro afirmou que Aras pode ser um nome “forte” para assumir
uma vaga no STF.
Para isso, segundo Bolsonaro, seria preciso que uma terceira
vaga fosse aberta. Até o fim do atual mandato presidencial, em 2022, dois
ministros se aposentarão por idade: Celso de Mello e Marco Aurélio Mello. O
presidente diz que Aras não está cotado para essas vagas. (bahia.ba).
Foto: Antonio Cruz/Agencia Brasil