Em virtude da pandemia, faturamento das empresas baianas reduz 86%

A pandemia do Coronavírus reduziu o faturamento de 86% das
empresas baianas. É o que mostra a segunda edição da pesquisa ?Impacto dos efeitos da Covid-19 nos pequenos negócios
baianos?
, realizada pelo Sebrae Bahia.

Apesar de elevado, o número é menor que o registrado na
primeira edição do levantamento, que computou 91% dos negócios que reduziram a
receita durante crise causada pela pandemia da Covid-19.

Realizada entre os dias 18 e 28 de maio, com empresários de
diversas regiões do estado, a pesquisa mostrou também que 45% dos
estabelecimentos estão em atividade e outros 44% suspenderam temporariamente os
serviços.

Com a mudança de comportamento do consumidor, devido ao
isolamento social, 58% dos entrevistados disseram que estão atendendo à
distância, sendo que 26% do total começou a atender nesta modalidade após o
isolamento social. As principais dificuldades relatadas pelos empreendedores
quanto à esta forma de atendimento são falta de sistema de tecnologia e
estrutura para logística de entrega.

Finanças

Com a redução do faturamento, as empresas baianas estão
recorrendo a alternativas para manter o funcionamento. Isso porque, de acordo
com a pesquisa, 26% dos negócios suportam apenas mais um mês de fechamento das
atividades econômicas. Cerca de 46% dos empresários terão que solicitar
empréstimos se a quarentena durar até o final de junho.

A pesquisa mostrou também que apenas 16% das empresas já
foram beneficiadas com prorrogação de dívidas junto aos bancos e 47% dos
empresários acreditam que a economia brasileira voltará a se recuperar em 12
meses.

Novas medidas

A chegada do Coronavírus trouxe também um novo comportamento
para as empresas, com adoção de medidas que reduzam a possibilidade de
transmissão do vírus. Apesar de 96% das empresas que participaram da pesquisa
não apresentarem caso de Covid-19, mais de 50% delas iniciaram práticas de
higiene e evitaram aglomerações no ambiente de trabalho, estabelecendo o
distanciamento físico adequado no atendimento ao público e entre os
colaboradores.

A pesquisa mostra também que 67% das empresas irão dar
continuidade às práticas de higiene e 40% dos empresários afirmaram que irão
incluir o atendimento digital para ajudar na manutenção do distanciamento
social.

Ainda após o isolamento social, 51% dos empresários
acreditam que seus consumidores darão preferência a lugares com continuidade
das práticas de higiene e 30% deles disseram que a preferência será por
atendimento digital, lugares com menos aglomeração e com distanciamento físico
adequado.

A segunda edição da pesquisa do Sebrae Bahia entrevistou
mais de 570 empresários e faz parte do acompanhamento dos impactos da crise causada
pelo novo Coronavírus nas micro e pequenas empresas.

Foto: Valter Campanato/Agência Brasil