O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ)
entrou com uma ação civil contra a Petrobras, a empreiteira Andrade Gutierrez,
além de funcionários da estatal, por improbidade administrativa. O prejuízo
estimado é de quase R$ 32 milhões aos cofres da Petrobras.
A ação, subscrita pela promotora de Justiça Glaucia
Santana, diz respeito a quatro contratos fechados para a realização de obras da
ampliação e modernização do Centro de Pesquisas (Cenpes) e implantação do
Centro Integrado de Processamento de Dados (CIPD) da Petrobras. Os contratos
foram superfaturados entre 2005 e 2010, diz o MPRJ.
A promotora solicitou a decretação da indisponibilidade
de bens e quebra dos dados bancários e fiscais de funcionários da estatal,
entre eles, José Sérgio Gabrielli de Azevedo, então presidente da companhia.
Também são acusados Renato de Souza Duque, diretor de
Engenharia e Serviços; Pedro José Barusco Filho, gerente-executivo de Serviços
e Engenharia; Sérgio dos Santos Arantes, gerente Setorial de Estimativas de
Custos e Prazos; José Carlos Villar Amigo, gerente de Implementação de
Empreendimentos para o Cenpes; Alexandre Carvalho da Silva, gerente setorial de
Construção e Montagem do Cenpes; e Antônio Perrota Neto e Guilherme Neri,
responsáveis pela elaboração dos orçamentos dos contratos. Os cargos citados
eram os ocupados à época. Todos foram enquadrados na ação por improbidade
administrativa.
A promotora do MPRJ diz que as irregularidades iam da
falta de planejamento e orçamento adequado, sucessivas e superpostas
contratações em benefício da Andrade Gutierrez e sobrepreço e ausência de
transparência na seleção da construtora. |As investigações tiveram início a
partir de auditoria do Tribunal de Contas da União|, diz. (Mariana
Sallowicz/AE).
(Foto: Geraldo Magela / Ag. Senado)