Levy afirma que meta de superavit de 1,2 em 2015 será mantida

O futuro ministro da Fazenda, Joaquim Levy, disse que
não haverá alteração da meta de superavit primário para 2015, estabelecida em
1,2 .

Ele participou, junto com o novo ministro do
Planejamento, Nelson Barbosa, de uma reunião fechada de integrantes da Comissão
Mista de Orçamento (CMO), encerrada há pouco. A informação foi dada pelo líder
do DEM, deputado Mendonça Filho (PE).

A vinda de Levy, que ainda não assumiu a pasta da
Fazenda no lugar de Guido Mantega, foi uma exigência da oposição para votar o
relatório final do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2015, o
que deve ocorrer em sessão do Congresso marcada para esta noite.

|O ministro explicitou o seu compromisso de manter as
metas fixadas com relação à LDO 2015, que é um dos compromissos mais
importantes por parte da oposição, para não acontecer em 2015 o que aconteceu
em 2014|, disse Mendonça Filho, em referencia à proposta (PLN 36/14) que muda a
LDO 2014 para alterar a forma de cálculo do superavit primário. O texto foi
aprovado, depois de muita disputa com a oposição, na última terça-feira (9).

De acordo com o relator da proposta da Lei Orçamentária
Anual (LOA) para 2015 (PLN 13/14), senador Romero Jucá (PMDB-RR), o ministro
teria dito que a meta é |possível, baseada inclusive nas análises de mercado|.

Dificuldades

Segundo Mendonça Filho, o novo ministro da Fazenda
apresentou um quadro econômico de dificuldades em 2015 e sinalizou que |medidas
duras| deverão ser adotadas. O que será feito, porém, não foi detalhado,
segundo o deputado. |Ele foi muito diplomático, até para não criar uma situação
de conflito com a atual equipe econômica.|

De acordo com o senador Jorge Viana (PT-AC), os
ministros buscarão tratar de forma realista a situação econômica do Brasil e
deixar claras e transparentes as regras do jogo para fortalecer a economia. |Eles
estão organizando, não quiseram falar sobre as medidas, mas disseram que darão
transparência a elas, virão dialogar com o Congresso, não haverá choques (com o
Legislativo)|, afirmou. (Diário do Poder)