Congresso ilumina-se de amarelo em adesão à campanha pela prevenção do suicídio

O Congresso Nacional ficará mais uma vez iluminado de
amarelo neste sábado em adesão ao mês mundial de prevenção do suicídio. A
iluminação permanecerá até o dia 24 deste mês.

A campanha, criada em 2015 pelo Centro de Valorização da
Vida, pelo Conselho Federal de Medicina e pela Associação Brasileira de
Psiquiatria, busca dar mais visibilidade ao problema.

De acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), a cada
ano aproximadamente um milhão de pessoas se suicidam em todo o mundo. No
Brasil, segundo o Ministério da Saúde, são 11 mil vítimas por ano.

Para o deputado Sérgio Vidigal (PDT-ES), que é psiquiatra,
uma das falhas na prevenção do suicídio é a falta de estrutura para o
atendimento de saúde mental na rede pública. “Ela é ainda muito
deficitária para a população, desde a oferta de profissionais, de mecanismos de
terapias, sejam elas terapias cognitivas-comportamentais, outras psicoterapias
e também a própria terapia medicamentosa, pela falta de acesso à medicação por
parte dos pacientes”, explica.

Ontem, durante simpósio promovido pela Frente Parlamentar de
Combate ao Suicídio e à Automutilação no Brasil, parlamentares alertaram para a
falta de ambulatórios especializados nas unidades de saúde e para a falta de
informação sobre a prevenção ao suicídio.

Debatedores também consideraram necessário o fim do tabu em
falar desses temas e a eliminação do preconceito contra pessoas que têm doenças
como ansiedade, depressão e transtorno bipolar.

Tragédia jovem

Quem lida com suicídio tem ainda uma preocupação específica
com a população mais jovem. É um fenômeno global: a OMS aponta que essa,
atualmente, é a segunda causa de morte na faixa etária de 15 a 29 anos.

Sob esse aspecto, Sérgio Vidigal ressalta que família e
escola são pilares importantes no apoio aos jovens com depressão, que podem vir
a tentar o suicídio. Mas ele diz que as duas instituições precisam dialogar.

“A família não participa da vida do aluno na escola e nem a
escola participa da vida do aluno lá no seu habitat”, lamenta. “Nós temos que
derrubar esses muros, facilitar essa integração.” (Agência Câmara de Notícias)

Foto: Roque de Sá/Agencia Senado