Depois de atuar no Outubro Rosa e no Novembro Azul, a União
Nacional dos Legisladores e Legislativos Estaduais (Unale) entra agora na
campanha Dezembro Vermelho, contra o HIV, e segue mantendo ativo o calendário
de ações voltadas à prevenção de doenças, mesmo em meio a um ano difícil para a
saúde por causa da pandemia do coronavírus. Com o slogam “Contra as doenças,
prevenção. Contra o preconceito, informação”, a campanha busca alertar sobre os
riscos de contaminação pelo HIV, além de outras doenças sexualmente
transmissíveis (DST).
Segundo a deputada Ivana Bastos (PSD), 2ª vice-presidente da
Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA) e atual presidente da Unale, neste ano,
através da secretaria de saúde da instituição, o tema será trabalhado para
chamar a atenção para o diagnóstico precoce, prevenção, assistência e direitos
das pessoas que vivem com o HIV e Aids. “Acreditamos que, por meio da prevenção, diagnóstico e tratamento
adequado, é possível diminuir o contágio e melhorar a vida dos infectados. Mas,
além disso, o nosso objetivo é quebrar tabus, barrar o silêncio e combater o
preconceito que ainda reina na sociedade quando se fala no tema”, explicou.
Conforme divulgou o Ministério da Saúde, o Brasil conta com
900 mil pessoas com HIV, sendo que, destas, 594 mil fazem tratamento com
antirretroviral e 554 mil não transmitem mais o vírus. No entanto, os dados
revelam que o número de contaminados segue em crescimento. Para se ter uma
ideia, somente em 2019, foram notificados 43,9 mil novos casos.
Ivana Bastos vê o aumento do número de casos como
preocupante, evidenciando a necessidade de maior cuidado por parte da
população. “Estamos na luta para ampliar a conscientização de que a melhor
medida de proteção é a prevenção, bem como para fortalecer a necessidade do
teste, que é rápido, gratuito e anônimo”.
Para se prevenir da doença, as pessoas devem fazer uso de
preservativos. O Sistema Único de Saúde (SUS) fornece medicamentos para o
controle do HIV, uma vez que este ainda não possui cura. O tratamento correto
também pode ser usado como uma forma de prevenção muito eficaz, pois evita a
transmissão do HIV por via sexual.
Ainda conforme dados divulgados pelo Ministério da Saúde, a
estimativa é de que no Brasil cerca de 135 mil pessoas convivam com o HIV e
ainda não saibam que têm a doença. Neste sentido, o recomendado é a realização
do teste rápido, oferecido pelo SUS. O interessado não precisa se preocupar
acerca do sigilo do teste. A testagem é realizada de forma anônima, rápida,
prática e pode ser realizada em qualquer unidade de saúde, por meio da coleta
de uma gota de sangue ou com fluido oral. O resultado sai em tempo máximo de 30
minutos. O SUS também oferta o teste da sífilis e das hepatites B e C.
É importante ressaltar que, diferentemente do que muitos pensam,
HIV e AIDS não são a mesma coisa, logo, quem tem HIV não necessariamente tem
AIDS. Isso porque o primeiro é o vírus causador da segunda, que é uma doença
que ataca o sistema imunológico e afeta a capacidade de o organismo se
defender. Para isso, o vírus altera o DNA das células de defesa, faz cópias de
si mesmo e se multiplica no organismo, atacando ainda mais o sistema
imunológico e continuando a infecção pelo corpo. É possível, portanto, que a
pessoa tenha o vírus, mas não desenvolva a doença. Ou seja, uma pessoa pode ser
HIV positivo/soropositivo, mas não ser aidético. Há pacientes soropositivos que
passam anos sem ter os sintomas e sem desenvolver a doença. (Agencia Alba)
Foto: Divulgação/Agencia Alba