Deputado Adolfo Menezes (PSD) e seus pares manifestam pesar em Sessão remota, pelo passamento do ex-governador Roberto Santos

O falecimento do ex-governador Roberto Santos contornou a
Assembleia. O presidente Adolfo Menezes fez questão de registrar o
desaparecimento do “ilustre homem público baiano” no curso da sessão ordinária
da Assembleia Legislativa (virtual) que dirigia, sendo unânime a manifestação
de pesar de todos os participantes dos trabalhos. O presidente do Legislativo
decretou luto oficial de três dias e apresentou uma moção de pesar à Secretaria
Geral da Mesa em memória do professor, médico e político exemplar que foi o
doutor Roberto Figueira Santos. Vários parlamentares se associaram ao deputado
Adolfo Menezes e também prantearão o professor Roberto Santos com moções de
pesar.

Para ele a Bahia e o Brasil perderam um cidadão ilustre, sob
qualquer escrutínio que se faça, seja em sua dedicação ao magistério, à ciência
ou à política – além de pai de família exemplar – sobrevêm a imagem um homem público
exemplar, inatacável,  sem nenhuma mácula
em toda a sua carreira longa e profícua carreira acadêmica e também política. O
deputado Adolfo Menezes disse que o professor Roberto Santos foi “um
extraordinário governador, com realizações marcantes durante o seu mandato, de
1975 a 1979″. E acrescentou, as marcas do doutor Roberto estão por aí até hoje,
como os bairros de Cajazeiras e Mussurunga, o grande hospital no Cabula, o
parque e o estádio de Pituaçu”, a construção de estradas, sistemas de
eletrificação e de água, bem como a construção da barragem de Pedra do Cavalo”.

PERFIL

Ele também traçou um breve perfil biográfico do ex-governador
da Bahia, que também foi ministro de estado – da Saúde, escolhido pelo
presidente Tancredo Neves -, e reitor da Universidade Federal da Bahia, assim
como seu pai, o igualmente notável reitor Edgard Santos, um médico, que do
comando da universidade (que ajudou a criar) foi um dos formuladores da face da
Bahia moderna em que vivemos. O professor Roberto Santos graduou-se em Medicina
em 1949 e dois anos depois era admitido na UFBa como professor por concurso
público.

O deputado Adolfo Menezes lembrou que logo depois ele
especializou-se em clínica médica, em uma temporada nas universidades de
Cornell, Michigan e Harvard (1950-1953); a seguir, foi à Grã-Bretanha, onde se
especializou em medicina experimental pela Universidade de Cambridge. De volta a
Bahia, continuou o presidente da ALBA, prosseguiu com a pesquisa científica,
exercício da Medicina e as aulas na faculdade, até assumir o cargo de
Secretário Estadual da Saúde que deixou quando galgou o posto de reitor. Depois
de deixar o governo da Bahia ele também presidiu do Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e assumiu o ministério da
Saúde, entre 1986 e 1987.

O professor Roberto Santos teve intensa vida partidária,
mesmo após deixar a administração estadual, sendo um dos líderes da oposição ao “carlismo” em nosso estado. Filiou-se primeiro ao PP do presidente Tancredo
Neves, depois ao PMDB que congregava a oposição nacional e chegou a se
candidatar outra vez ao governo estadual, numa chapa com os também saudosos
Waldir Pires e Rômulo Almeida, sem sucesso.

Portanto, “quero frisar a enormidade da perda que nossa
terra e nossa gente sofreram hoje. A Bahia perde um de seus mais emitentes
líderes, exemplo de vida e de retidão para todos, um homem correto, de fácil
trato e educação pessoal e política primorosa”. Sem desejar incorrer em um
chavão, prosseguiu, “não posso deixar de registrar que a lacuna aberta com o
desaparecimento do professor Roberto Santos é irreparável. Rogo a Deus que
conforte a seus familiares e muitos amigos, que terão sempre o seu exemplo como
farol”, concluiu. (Agencia Alba).

Foto: Divulgação