A Polícia Civil e o Ministério Público Estadual (MPE)
por meio de investigação descobriram que o Primeiro Comando da Capital (PCC)
possuía, pelo menos, duas contas correntes para realizar compras internacionais
de armas e drogas, uma na China e outra nos EUA.
A movimentação financeira foi de cerca de R$ 100 milhões
e ocorreu entre os anos de 2013 e 2014. Para enviar o dinheiro as contas
internacionais, foram utilizadas cinco empresas de fachada e mais uma corretora
de câmbio. A movimentação nas contas era feito a partir de computadores
instalados no Paraguai. De lá integrantes da facção usavam o dinheiro para
fazer pagamento de armas e drogas, depois as mercadorias eram despachadas para
São Paulo.
Essas contas foram descobertas após uma operação
conjunta, em 22 de dezembro, entre o Departamento Estadual de Investigações
Criminais (Deic), promotores de justiça de São Paulo e do ABC paulista e
agentes da Receita Federal, com apreensão de documentos em uma casa de câmbio
no bairro de Pinheiros, na zona oeste da capital paulista. O caso foi revelado
pelo portal R7.
Com base nesses documentos, que ainda estão sendo
analisados, que os policiais encontraram as contas no exterior. Como o caso
está sob sigilo, nenhuma informação pode ser passada a imprensa.
Depois da prisão de Amarildo Ribeiro da Silva, mais
conhecido como Júlio, apontado pela polícia como o principal operador
financeiro da facção, fora dos presídios, que a casa de câmbio começou a ser
investigada. Com Júlio foram encontrados documentos que levar os agentes até a
corretora. Existe a suspeita que outra corretora de dólares também seria usada
no esquema.
Dentro da facção, Júlio era o responsável pela liberação
de grandes quantias de dinheiro, que os traficantes utilizavam para fechar as
compras dos produtos latinos. Ele movimentava por mês, aproximadamente R$ 7
milhões. (Com informações do Estadão)