Justiça determina retorno imediato de aulas em escolas particulares da Bahia

A Justiça determinou neste domingo (14) que o governo do Estado e a Prefeitura de Salvador autorizem o retorno imediato das aulas presenciais nas escolas particulares da capital baiana. A decisão atende a um pedido do Sinepe-BA (Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino do Estado da Bahia).

Em seu despacho, a juíza Juliana de Castro Madeira Campos, da 6ª Vara da Fazenda Pública, assinala que ambas as gestões devem suspender o teor  dos decretos que tratam da suspensão das atividades letivas. Ela argumenta que, apesar do avanço da pandemia de Covid-19, para a população em geral, praticamente todas as atividades estão em funcionamento.

“Funcionam  normalmente  ou  com  algumas  restrições  as  praias,  praças  públicas,  comércios  em  geral, shoppings, bares, restaurantes, templos religiosos, construção civil, serviços em geral incluindo hotelaria, serviços públicos, dentre outros. A prefeitura de Salvador, no último dia 08/02 autorizou o retorno de cinemas e teatros na cidade”, escreveu a juíza.

Segundo a magistrada, a ação em tela não discute a questão sanitária da Covid-19 e não argumenta os aspectos técnicos de saúde pública. “A análise posta em juízo diz respeito ao Poder Discricionário do gestor de relegar ao 4º plano o direito fundamental a educação e priorizar atividades de lazer e recreio. Caso o quadro atual da doença obrigue a ampliação das restrições estas devem se dar para itens socialmente menos importantes. O sistema de educação é a última opção de restrição para o gestor. O fechamento dele só poderá ocorrer se previamente TODAS as demais atividades sucumbirem antes ao fechamento”, prossegue ela na peça. 

A juíza também cobra da prefeitura e do governo planos biossanitários de retorno às aulas. De acordo com ela, Município  de  Salvador  apresentou  protocolo  para  retorno  as  aulas,  entretanto  sem  definir data.

Quanto à administração estadual, a magistrada diz que não há, até o presente momento, a definição de nenhum protocolo de retorno,”?o quê, diga-se de passagem, deveria existir desde meados do ano de 2020″. (Alexandre Santos/ bahia.ba)
Foto: Marcos Santos/Fotos Publicas