“O lockdown (atuais restrições de atividades e circulação) vai passar e a loja não reabrirá”. O aviso foi confirmado ao bahia.ba pelo empresário Manoel Matos, dono da MB, loja de conveniência do Hiperposto. O empreendimento fechou as portas há cerca de duas semanas sem previsão de quando voltará a atender.
Todos os 32 funcionários foram desligados. O empreendimento opera há mais de duas décadas, 13 anos por meio da MB.Franqueado da BR Mania, Manoel Matos relatou que esperou um ano da pandemia sem poder vender de madrugada ? período de melhor vendagem ? ou durante todo o dia, mas agora precisa evitar a insolvência.
“Tenho que ser honesto com a sociedade e com os funcionários”, disse o sócio, que garante pagar todos os débitos da unidade, como rescisão trabalhista, fornecedores, impostos. O lojista relata que mesmo fechado continua arcando com o aluguel ao posto e os royalties da franqueadora. No primeiro ano da pandemia, o movimento cresceu no final de 2020, mas não alcançou o mínimo para custear as atividades.
Matos destaca que compreende a crise demanda gerada pela pandemia de Covid-19 ? “não sou contra nenhuma medida sanitária” -, mas só retomará o negócio quando não houver mais riscos de novas restrições. Matos espera que, com novas vacinas chegando, este cenário possa acontecer a partir de julho e agosto deste ano.
Porém, o empresário não garante o retorno do empreendimento em algum momento. “Estou me preparando para reabrir?, declarou. ?Mas vai depender do tempo que a pandemia vai durar. Pode ser mais dois meses, três meses ou um ano”, alerta.
Também pecuarista, o franqueado da BR Mania defende a inclusão do setor como serviço essencial, como acontece na atividade fim dos postos de combustíveis. Seu argumento é de que o empreendimento vende gêneros alimentícios e produtos de limpeza ? incluindo alcool gel -, mas não gera aglomeração. (Adriano Vilella-bahia.ba).
Foto: Divulgação/Sindcombstíveis