Adolfo Menezes abre sessão com minuto de silêncio para Haroldo Lima e isenção de conta de água para quase 1 milhão de baianos

A sessão legislativa remota da ALBA começou hoje (24) com o
pedido do presidente Adolfo Menezes de um minuto de silêncio em memória do
ex-deputado Haroldo Lima, falecido na madrugada de hoje. “Foi um grande
brasileiro, defensor intransigente dos interesses do Brasil, um lutador pela
liberdade, linha de frente contra a ditadura de 1964, que defendia sua bandeira
comunista, mas convivia democraticamente com todos. Minha solidariedade aos
familiares, na pessoa de sua esposa, D. Solange, aos amigos e a toda a grande
família do PCdoB, partido de luta, que completa, amanhã, 99 anos”, destacou
Menezes, encaminhando Moção de Pesar à Mesa Diretora da Casa.  

O deputado e líder da
Minoria Sandro Régis (DEM) disse que a ideologia tinha que ser posta de lado
para saudar a memória de Haroldo Lima e seu papel histórico na política da
Bahia. Depois, se sucederam nas homenagens ao ex-deputado federal e prócer do
PCdoB o líder governista Rosemberg Pinto (PT) e os deputados estaduais
comunistas Fabrício Falcão, Olívia Santana, Raimundo Tavares Bobô e Deputado
Zó. “Amanhã, o PCdoB faz aniversário, assim como eu, mas o meu coração está de
luto”, disse Olívia Santana (PCdoB) aos prantos.

Em segunda sessão,
realizada pelo Sistema de Deliberação Remota (SDR), a principal novidade foi
aprovação do projeto, de autoria dos deputados e encampado pela Mesa Diretora,
que torna os templos religiosos como “serviço essencial” durante os tempos de
pandemia. Na primeira sessão foram apreciados e aprovados o Projeto de Lei
24.129/2021, que promove o retorno da gratuidade das contas de água da Embasa,
assim como o Projeto de Lei 24.131/2021, que institui o Bolsa Presença para
estudantes da rede estadual de ensino.

 “Todos os 63
deputados baianos superaram qualquer divergência política para convergirem suas
ações e decisões em favor do interesse público, em favor do povo baiano. Foram
três importantes leis aprovadas, duas delas que beneficiam, principalmente, a
população baiana de baixa renda, nesse período de grandes dificuldades
econômicas por causa da pandemia. E a inclusão dos templos religiosos como
serviço essencial, mantidas as medidas sanitárias, ajudam a suportar os efeitos
emocionais danosos causados pela pandemia”, ressaltou Adolfo Menezes,
presidente da ALBA.

Relatado pelo deputado Tiago Correia (PSDB), o projeto de
isenção de pagamento das contas de água fornecida pela Embasa foi aprovado por
unanimidade e beneficia cerca de 1 milhão de pessoas – 233 mil famílias – de
baixa renda, afetadas pela pandemia, em diversos municípios baianos. A conta,
de cerca de R$ 17 milhões, será paga pelo Estado e a isenção será por um
período de três meses para famílias cadastradas no núcleo social da Embasa e
que consumirem até 25 metros cúbicos de água por mês.

Também foi aprovado,
por unanimidade, o Projeto de Lei 24.131/2021, relatado pela deputada Fabíola
Mansur (PSB), que institui a Bolsa Presença para estudantes da rede estadual de
ensino, dentro do programa Estado Solidário. Com um investimento anual previsto
de mais de R$ 231 milhões, será pago o valor de R$ 150 para cada família com
aluno matriculado na rede estadual de ensino, concedido para os estudantes que
tiverem frequência superior a 85% nas atividades escolares. O percentual de
estudantes beneficiados corresponde a cerca de 37% dos matriculados na rede
estadual de ensino.

TEMPLOS RELIGIOSOS

O presidente Adolfo
Menezes encerrou a primeira sessão e, logo em seguida, abriu nova reunião
legislativa para apreciação e votação do Projeto de Lei 24.116/2021, proposto
pela Mesa Diretora da ALBA, depois de acordo entre os líderes Rosemberg Pinto e
Sandro Régis, tornando o funcionamento dos templos religiosos como atividade
essencial e que não seja interrompido durante a pandemia da Covid-19,
respeitando-se as leis estaduais e municipais de combate à disseminação da
doença. “Nesse momento de muita angústia e de dor, a fé é muito importante para
ajudar no equilíbrio emocional e psicológico das pessoas”, justificou o
presidente da ALBA, lembrando que os templos poderão funcionar desde que
mantenham o respeito às medidas sanitárias determinadas pelos governos estadual
e municipal. (Ascom).

Foto: Divulgação/ Vaner Casaes/Alba