O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta
quinta-feira, 25, que o governo tem “engatilhadas” novas medidas para o combate
ao recrudescimento da pandemia no Brasil. Em audiência pública na comissão
temporária do Senado que acompanha as medidas de enfrentamento ao coronavírus,
Guedes citou a antecipação de benefícios de aposentados e pensionistas, uma
nova fase do programa de apoio a micro e pequenas empresas, o Pronampe, bem
como o relançamento do programa que permite a suspensão de contratos e redução
de jornadas e salários de trabalhadores.
Guedes disse que, em 60 dias, possivelmente o País terá um
cenário completamente diferente a partir das medidas do protocolo de crise a
serem disparadas em sequência.
?Aprovado o Orçamento, se os senhores aprovarem o Orçamento
hoje, podemos disparar imediatamente a antecipação dos benefícios de
aposentados e pensionistas. Mais R$ 50 bilhões vem de dezembro para agora. Vamos
proteger os mais vulneráveis e os idosos, nessa segunda grande guerra contra o
coronavírus?, afirmou.
Ele citou também a mudança na regra de cobrança de impostos,
para auxiliar pequenos empresários durante o momento mais grave da pandemia.
“Da mesma forma, ontem (quarta-feira) anunciamos o
diferimento dos impostos do Simples, são milhões e milhões de empresas e
trabalhadores que foram atingidos brutalmente com o recrudescimento da pandemia
e com o reinício do lockdown“, disse Guedes.
Ele considerou um equívoco a resistência às mudanças no uso
de seguro-desemprego para pagar o programa emergencial de manutenção de
empregos, o Bem, a trabalhadores que tiverem o contrato suspenso ou o salário
reduzido. Aceitou, no entanto, fazer a reformulação do programa, ainda que isso
possa acarretar impacto fiscal.
“Quem manda é a política. Tenho que aceitar e reformular o
programa, então naturalmente tem mais impacto fiscal, um pouco mais de juros,
de dificuldade na retomada, mais despesa” , criticou Guedes. (Eduardo Laguna e Amanda
Pupo – Estadão).
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil