O senador
Renan Calheiros (PMDB-AL) é eleito, pela quarta vez, presidente do Senado. Em
votação apertada, Renan derrotou seu colega de partido Luiz Henrique (PMDB-SC),
por 49 a 31. Houve um voto nulo. A votação foi secreta. Desde sexta-feira (30),
Luiz Henrique dizia contabiliza o apoio de 43 senadores.
Era mentira.
As
negociações para a eleição do presidente do Senado foram levadas até o último
minuto antes do início do processo. Com isso, a posse dos 27 senadores eleitos
em outubro, que antecedeu a eleição, atrasou em cerca de uma hora.
Agradecimento
Renan
Calheiros agradeceu [a renovação da confiança] recebida em votação secreta na
disputa contra o Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC).
A vitória
apertada foi conseguida por uma diferença de apenas 18 votos. [A disputa agora
já é passado e todos os senadores e senadoras ansiamos pelo futuro. Serei o
presidente de todos os senadores. Como já demonstrado (na gestão passada),
desejo demonstrar meu compromisso com a autonomia do Senado Federal], disse.
Em seu
discurso de candidatura, Silveira havia criticado Renan por de se [vergado] ao
Palácio do Planalto para obter vantagens políticas, como a indicação de
ministros e executivos de estatais. Por isso, afirmou, colocou o tema na sua
fala de agradecimento.
Renan também
foi criticado pela forma como conduz o Senado, apontada por Silveira como pouco
democrática. [Aqui buscamos o consenso até o limite, sem que ele implique na
negação de liderança], rebateu Renan, após reeleito. [O entendimento nunca será
a supressão da vontade de quem pode menos pela força de quem pode mais. Aqui
todos podem mais por sermos todos iguais], disse.
Apesar do
tom áspero das respostas, Renan elogiou Silveira [pela correção e espírito
publico verificado ao longo da sua trajetória].
Equilíbrio
Renan disse
ainda que renova o poder no comando do Congresso Nacional com [vontade de
acertar para corresponder ao crédito] que os senadores e senadoras concederam a
ele.
O presidente
reeleito do Senado recordou que o PMDB garante a estabilidade| política do
governo da presidente Dilma Rousseff e que |trabalhará (também) pela
estabilidade econômica|. Segundo ele, o PMDB |atua pelo equilíbrio de poder e
repele qualquer pender hegemônico|.
Ele criticou
o |obscurantismo infame nas redes de computadores| ao defender o Estado
democrático e defendeu a reforma política como forma de combater os |extremistas
que têm desprezo pela democracia|.
(Diário do Poder)
(Foto: Ag. Senado)