O deputado Luciano Simões Filho, que é relator no Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Assembleia Legislativa da Bahia do processo contra o deputado Capitão Alden (PSL), pediu que o colegiado suspenda temporariamente o mandato do parlamentar, pelo prazo máximo de 30 dias. O relatório foi lido nesta quarta-feira (14).
Para o relator, Capitão Alden atentou “de forma livre e consciente” contra o decoro parlamentar e dignidade do Poder Legislativo, o que enseja a responsabilização dele. Luciano Simões apontou, no entanto, alguns atenuantes. Entre eles, o pedido de desculpas feito por Capitão Alden ao prefeito de Salvador e aos deputados, ainda que considere que o pedido não teve a mesma publicidade das acusações feitas nas redes sociais.
Na “live” que deu origem ao processo disciplinar, Alden acusou os parlamentares de oposição de receberem R$ 1,6 milhão da prefeitura de Salvador. “Se eu ficasse na minha, sem fazer nada eu tava feito na vida, recebendo R$ 1,6 milhão da prefeitura que os deputados de oposição todos ganham”, disse ele, no vídeo veiculado nas redes sociais no último dia 27 de abril.
No parecer, Luciano Simões concluiu que Alden praticou ofensa direcionada aos seus pares e atingiu também a reputação e prestígio do Poder Legislativo Estadual. Considerou ainda que, apesar dos pedidos de desculpas, Capitão Alden “aparenta não ter assimilado o erro de sua conduta” e, ao contrário do que argumentou a defesa, as declarações do parlamentar “não se inserem no livre debate de ideias, derivado do pluralismo político”. (bahia.ba).
Foto: Ascom/Capitão Alden