Com 5ª maior alta no país, varejo baiano cresce 16,4% em junho

As vendas no varejo baiano registraram crescimento de 16,4%
em junho deste ano, se comparado com o mesmo período do ano passado. A
informação foi divulgada nesta quarta-feira (11) pelo governo do estado.

O número representa que a Bahia obteve a quinta maior alta
entre os estados do país. Em relação a maio, na série livre de influências
sazonais, as vendas na Bahia caíram 2,8%, queda superior a registrada para o
Brasil (-1,7%). Já no semestre, a taxa foi positiva em 10,6%, sendo o maior
crescimento de vendas já registrado para o estado num primeiro semestre em 11
anos, desde 2010 (11,6%), e superior à variação nacional (6,7%).

Os dados foram apurados pela Pesquisa Mensal de Comércio
(PMC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) ? realizada em
âmbito nacional ? e analisados pela Superintendência de Estudos Econômicos e
Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria do Planejamento
(Seplan).

O comportamento do varejo baiano segue positivo na
comparação interanual, sendo o melhor resultado para o mês de junho desde o
início da série em 2001, podendo ser atribuído ao receio menor dos consumidores
à medida que conhecem o impacto da pandemia na economia e ao efeito
estatístico, dado a queda verificada em junho de 2020 (-12,5%), frente ao mesmo
mês de 2019. Além do que no mês de junho se comemora o Dia dos Namorados e
também as festas juninas.

 Assim, apesar do
período ainda atípico, com o avanço do processo de imunização no país, os
consumidores passam a se sentirem mais seguros em ir às compras. Por atividade,
em junho de 2021, os dados do comércio varejista do estado baiano, quando
comparados aos de junho de 2020, revelam que sete dos oito segmentos que
compõem o indicador do volume de vendas registraram comportamento positivo.

O crescimento nas vendas foi verificado nos segmentos de
Tecidos, vestuário e calçados (287,5%), Outros artigos de uso pessoal e
doméstico (50,1%), Combustíveis e lubrificantes (19,2%), Artigos farmacêuticos,
médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (18,9%), Móveis e
eletrodomésticos (13,4%), Livros, jornais, revistas e papelaria (12,9%), e
Equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (11,0%).

Apenas Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios,
bebidas e fumo registrou variação negativa (-9,1%). No que diz respeito aos
subgrupos, verificam-se que registraram variações positivas as vendas de Eletrodomésticos,
e Móveis com taxas de 15,8%, e 9,4%, respectivamente. Enquanto Hipermercados e
supermercados registrou variação negativa de 11,7%. Na série sem ajuste
sazonal, os segmentos Tecidos, vestuário e calçados, Outros artigos de uso
pessoal e doméstico, e Combustíveis e lubrificantes exerceram as maiores
influências positivas no comportamento das vendas do varejo baiano em junho.

Na comparação interanual, frente a igual período do ano
passado, os comportamentos dessas atividades são justificados pelo efeito
estatístico, já que em 2020, as suas vendas ficaram bastante comprometidas,
dado os impactos da pandemia. Em junho, a taxa registrada para Tecidos,
vestuário e calçados representa o segundo maior crescimento de toda a série
histórica, iniciada em 2001. Outros artigos de uso pessoal e doméstico ramo que
englobando diversos segmentos como lojas de departamento, ótica, joalheria,
artigos esportivos, brinquedos, etc., além das vendas dos grandes varejistas
on-line, registrou seu quarto crescimento consecutivo.

O resultado positivo no volume de vendas para Combustíveis e
lubrificantes verificado pelo quarto mês consecutivo se justifica pelo aumento
da demanda dada a desaceleração nos preços dos combustíveis. De acordo com os
dados do IBGE, nos meses de maio e junho de 2021, o Índice Nacional de Preços
ao Consumidor Amplo (IPCA) registrou variações mensais de 8,93% e 2,14%,
respectivamente, em Salvador/BA. Por outro lado, Hipermercados, supermercados,
produtos alimentícios, bebidas e fumo, segmento de maior peso para o indicador
de volume de vendas do comércio varejista, voltou a registrar recuo nas vendas.

A despeito da sua relevância para o setor, a redução
registrada no volume de vendas na atividade geral se deve ao aumento de preços
dos alimentos que compõem a cesta básica, ao efeito base, desemprego e redução
do auxílio emergencial. Em relação à inflação, de acordo com os dados do IBGE,
nos meses de maio e junho de 2021, o IPCA mensal para o grupo de Alimentos e
bebidas foi de 0,32% e 1,02%, respectivamente, em Salvador/BA.

O comércio varejista ampliado, que inclui o varejo restrito
e mais as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de
construção apresentou expansão de 22,4% nas vendas, em relação à igual mês do
ano anterior. Esse comportamento resultou no acumulado dos últimos 12 meses,
variação foi positiva de 6,1%.(Adriano Rivera ? Diário de Noticias).

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