O ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) teve sua prisão
preventiva decretada pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal
Federal (STF). Moraes determinou também o cumprimento de busca e apreensão
contra Jefferson por supostamente integrar uma quadrilha digital que promove
ataques à democracia.
A Polícia Federal pediu a prisão do ex-deputado após
identificar sua participação em um tipo de milícia digital que tem realizado
ataques aos ministros do STF e às instituições democráticas. As suspeitas foram
levantadas em investigação que integra novo inquérito aberto pelo próprio
Moraes para apurar a existência de uma organização criminosa digital.
Na manhã desta sexta-feira (13), a PF cumpre os mandados,
mas Jefferson não foi localizado no endereço que consta na investigação. Em sua
conta no Twitter, o ex-deputado afirmou que a PF estava na casa de sua
ex-esposa: “Vamos ver de onde parte essa canalhice”, escreveu.
Esta não será a primeira prisão de Roberto Jefferson, que já
foi detido por sua condenação no mensalão. Hoje, o ex-deputado é aliado do
presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e tem expressado seu apoio com a
postagem frequente de vídeos em que ataca os ministros do STF.
Em um dos vídeos mais recentes, o ex-deputado ameaça a
realização das eleições de 2022, que não seriam realizadas sem a aprovação do
voto impresso, que foi derrotado na Câmara dos Deputados.
“Se não houver voto impresso e contagem pública de votos,
não haverá eleição ano que vem”, disse. (Yahoo Noticias)
Foto: Pablo Valadares/Agência Câmara