O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), está
convencido de que será o pré-candidato a presidência da República representando
a 3ª via numa alternativa entre o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e o
ex-presidente Lula da Silva (PT).
Doria sinaliza que vencerá as eleições prévias do PSDB no
próximo dia 21 diante Eduardo Leite e Artur Virgílio e que, no dia 22, o PSDB
estará unido e mais forte para enfrentar o que chama de radicais da direita
(Bolsonaro) e Lula (esquerda).
Segundo Doria, o jogo
pra valer da política só começará em março de 2022 quando a 3ª via (ele) se
cristalizará com novas alianças que serão costuradas em janeiro e fevereiro.
Até lá – admite – haverá tempo de descongestionar o campo da 3ª Via, hoje, com
vários pré-nomes citados, e há, ainda, 10 meses para o embate final.
Dória avisa que não será condescente com os dois principais
nomes que, hoje, estão à frente nas pesquisas de opinião: “Vou desafiar
Lula e Bolsonaro nos debates e saber do candidato petista como conseguiu
praticar o maior assalto aos cofres públicos do país, um projeto de poder para
roubar o Brasil; e questionar Bolsonaro como ele abandonou o país permitindo a
morte de 610 mil brasileiros pela Covid, e como incentivou as
rachadinha”.
O governador de SP diz que jogará duro, mas fará uma
campanha propositiva sustentada em cinco postulados básicos: educação, saúde,
proteção social, emprego e segurança. E
comenta que, para garantir de que a população acreditará no que fala, usará os
exemplos das práticas de seu governo em São Paulo.
Cita, por exemplo, que iniciou sua gestão com 363 escolas em
tempo integral e, no momento, são 2.030 escolas em tempo integral beneficiando
1.222.000 alunos, a partir das 8h, com três refeições, ensino de qualidade e
investimentos de R$7.2 bilhões”.
Chamado por seus partidários de Governador Vacina ou Senhor
Vacina, Doria diz que trouxe a vacina para o Brasil e ajudou a salvar milhares
de vidas. Lamentou, no entanto, as 610.000 mortes e, sem citar nominalmente
Bolsonaro, disse que a metade delas poderia ser evitada se não ficassem
defendendo cloroquina e kit covid e incentivando a desobediência dos princípios
científicos.
ANTÔNIO IMBASSAHY
Ciceroneado pelo ex-prefeito de Salvador, Antônio Imbassahy
e pelo deputado estadual Paulo Câmara, Dória esteve logo cedo no santuário da
Santa Dulce dos Pobres e lembrou, no encontro com a imprensa, a trajetória do
seu pai – político baiano cassado pelo golpe militar – e sua trajetória
política, em SP, quando venceu prévias eleitorais e eleições para prefeito e
governador do estado.
Lembrou que na última
eleição para governador saiu com 1% nas pesquisas enquanto Celso Russomano
estava com 38% e Fernando Haddad com 24% e venceu o pleito. Por isso mesmo, sem
fazer essa analogia, diz que as eleições de 2022, a rigor, só vão começar a se
delienar a partir de março de 2022 e as atuais pesquisas não valem quase nada.
SOBRE ACM NETO E O PREFEITO BRUNO REIS
Entende que suas
relações são respeitosas e disse que ligou para Bruno avisando que estaria em
Salvador. Não vê nenhum problema nessas relações.
SOBRE PSDB DA BAHIA
COM EDUARDO LEITE
Entende que faz parte do jogo e se o diretório se posicionou
neste sentido, tudo bem. Mas, não são inimigos, nem adversários. O deputado
federal Adolfo Viana compareceu ao evento, saudou Dória e disse que estarão
unidos dia 22 novembro.
SOBRE DEPUTADOS DO PSDB VOTAR A FAVOR DA PEC DOS PRECATÓRIOS
Disse que nada justifica romper o teto e é contra a PEC
situando que o PSDB é um partido de oposição ao governo Bolsonaro. (BJá)
Foto: Divulgação/BJA