Um texto divulgado nesta segunda-feira, 23, pelo Instituto
Teotônio Vilela, braço de formulação política do PSDB, subiu o tom do ataque à
presidente Dilma Rousseff e chamou a petista de |mãe do petrolão|. O texto diz
que |o banditismo petista há muito deixou de ser novidade| e que a presidente
demonstra inépcia para defender o interesse público.
|Dilma foi uma espécie de mãe do petrolão. Cabe a ela e ao
PT responder pelos 12 anos de assalto do partido à empresa|, argumenta o
Instituto. Quando, no segundo governo Lula, começava a despontar como candidata
do PT à Presidência, Dilma era chamada por seu padrinho de |mãe do PAC|.
O texto diz que Dilma se comporta como marionete e segue o
script ditado pelo marketing e por |seu
tutor| que, no caso, é o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo o
ITV, Dilma |definitivamente não sabe o que fazer diante da roubalheira
sistêmica| que se implantou |sob seu nariz|.
Para o PSDB, a presidente |revela-se espectadora e não
protagonista de seu governo|. |Afirmar que o problema da roubalheira da
Petrobras repousa no que supostamente aconteceu na empresa quase duas décadas
atrás é afrontar a inteligência dos brasileiros, desrespeitar a nação e zombar
das instituições|, critica o ITV, afirmando ainda que era melhor que Dilma
|tivesse continuado calada| a ter dado a entrevista da última sexta-feira, 20.
A declaração que gerou a revolta dos tucanos foi dada no dia
20, quando Dilma afirmou que |se em 1996 e 1997 tivessem investigado| não
haveria caso de funcionários praticando corrupção por tanto tempo, numa
referência à gestão do ex-presidente tucano Fernando Henrique Cardoso.
|A tática do [pega, ladrão] (…) é usual no petismo. Sempre
que flagrados com a boca na botija, o que tem sido cada vez mais comum, os
partidários do mensalão e do petrolão dão um jeito de acusar seus acusadores e
de culpar os mensageiros pelo teor ingrato das mensagens. Não cola|, acusa o
Instituto Teotônio Vilela.
O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso já havia rebatido
a declaração dizendo que Dilma deveria fazer um exame de consciência em vez de
tentar encobrir suas responsabilidades. (Diário do Poder)
Foto: Elza Fiuza ABr