No comando da Casa e aspirante a mais um mandato na presidência, o deputado estadual Adolfo Menezes (PSD) descartou que a crise atual na Câmara Municipal de Salvador (CMS) com a reeleição controversa de Geraldo Júnior (MDB) afete a sucessão na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA).
“São casos diferentes”, afirmou Adolfo. “Primeiro, ele como vereador ele está no período, vamos dizer, ainda tem aí os prefeitos que foram eleitos agora em 2020 ainda tem até o ano de 2024. Na Assembleia, que é junto com o governador e presidente da República, se encerra agora em 2022”, argumentou o deputado, segundo o qual ele não poderia repetir a manobra de Geraldo porque a composição da próxima Assembleia só será definida após as eleições de outubro.
“Então isso não tem o menor procedimento. Eu não acredito que tenha consequência nenhuma na Assembleia”, reiterou Adolfo Menezes, confirmando que pretende sair candidato à reeleição da presidência da ALBA, caso seu nome seja aprovado pela base do governador Rui Costa (PT) e independente do resultado do pleito.
“Claro que eu torço e trabalho pelo candidato do nosso grupo. Eu tenho posições, até porque política sempre tem que ter lado, tem que ter posições. Então, eu tenho lado e o meu lado é o do governador Rui Costa, do senador Otto [Otto Alencar (PSD)], senador Wagner [Jaques Wagner (PT)], senador Coronel [Angelo Coronel (PSD)] e do pré-candidato Jerônimo [Jerônimo Rodrigues (PT)]. Então, é isso que eu vou trabalhar. Estou trabalhando e torço para que haja sucesso no final. Mas, em qualquer hipótese, se o meu grupo entender, eu serei candidato à reeleição. Se vou ter sucesso, é outra coisa. É voto secreto e ninguém sabe?, garantiu o presidente da Assembleia, segundo o qual, mesmo que haja “um resultado adverso”, com ACM Neto (UB) vitorioso, “dificilmente” seu grupo “não fara mais deputados que o outro lado”. (Adriano Villela / Jamile Amine – bahia.ba).
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