O pré-candidato ao governo baiano ACM Neto (União Brasil) afirmou que os órgãos estaduais que trabalham com foco em soluções e melhorias de técnicas para os agricultores da Bahia estão “sucateados”. O ex-prefeito de Salvador conversou com rádios da região de Irecê nesta quarta-feira (4), e avaliou que a atenção a esse setor será uma das prioridades do seu plano de governo.
“Já estou aprofundando a discussão do plano de governo e, em debate interno com técnicos e profissionais que lidam diretamente com o setor da agricultura em nosso estado, é impressionante ver como houve um sucateamento dos órgãos estaduais ligados à agricultura desde que o PT assumiu a gestão estadual”, criticou.
Ao citar órgãos como a Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB), a Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), e a Bahia Pesca, ACM Neto ponderou que muitos deles foram extintos ou aparelhados politicamente.
“Esses órgãos foram colocados na mesa das negociatas políticas e ficaram sob a indicação do partido A ou do partido B. Se eu tiver a oportunidade de ser governador, penso em redesenhar completamente a Secretaria de Agricultura e todos os seus órgãos internos”, ressaltou.
“Nós vamos prestigiar os quadros técnicos, colocar pessoas qualificadas e realizar uma gestão de excelência, de resultados e, sobretudo, trabalhar com uma visão descentralizada”, acrescentou o pré-candidato, explicando que cada região tem características próprias e, por isso, precisam ter olhares direcionados às suas peculiaridades.
“A gente percebe que hoje não existe apoio técnico, não existe suporte para expandir a segurança hídrica. Poucas foram as obras de barragens, açudes, canais e de perímetros de irrigação tocadas nos últimos anos pelo governo do estado. O pequeno e o médio agricultor ficaram sem apoio, sem suporte”, disse.
“É preocupante olhar as oportunidades econômicas que estão sendo perdidas. Do outro lado, é importante avaliar os milhares de empregos que poderiam ser criados se houvesse um trabalho mais forte em relação ao aproveitamento do potencial agrícola”, destacou .
ACM Neto explicou ainda que todas as ações serão ponderadas a partir das reais necessidades de cada região estudada: “Tem lugar, por exemplo, que tem uma produção limitada pela dificuldade de acesso a energia. O pequeno produtor tem dificuldade de pagar a conta, que é muito alta. Já o grande produtor não consegue apoio da empresa de energia da Bahia, que simplesmente não assegura o suporte energético para que a indústria se instale. E tudo isso sacrifica empregos em todo o estado”. (bahia.ba)
Foto: Ascom/ACM Neto