Caso Bruno e Dom: Justiça do AM decreta prisão temporária de 3º suspeito

A Justiça do Amazonas decretou,
na tarde deste sábado (18), a prisão temporária, por 30 dias, de Jeferson
da Silva Lima, conhecido como “Pelado da Dinha”. A informação é do
portal g1.

Conforme as investigações, ele
teve participação direta na morte do indigenista Bruno Pereira e do jornalista
inglês Dom Phillips. Ele foi considerado foragido na noite de sexta-feira (17)
depois de ter o mandado de prisão expedido e não ser localizado pelas
autoridades.

Mais cedo, “Pelado da Dinha” se
entregou na delegacia de Atalaia do Norte, a 1.136 quilômetros de
Manaus, no Amazonas, onde foi ouvido pelo delegado Alex Perez Timóteo.

Ainda de acordo com informações
do portal g1, durante a tarde de hoje, ele foi escoltado por agentes da Polícia
Federal ao Fórum de Justiça do município para a audiência de custódia e teve a
prisão temporária decretada.

“Conforme todas as provas,
todos os depoimentos colhidos até o momento, ele estava na cena do crime e
participou ativamente do duplo homicídio ocorrido”, disse o delegado.

Assim como os outros dois presos – Amarildo da Costa de Oliveira, o “Pelado”, e o irmão Oseney da Costa de
Oliveira, conhecido como “Dos Santos” – o prazo de 30 dias da prisão
temporária de Jeferson pode ser prorrogado por mais 30, informou o portal g1. O
processo tramita sob Segredo de Justiça.

Os três suspeitos seguem detidos
na carceragem da 50ª Delegacia Interativa de Polícia (DIP) de Atalaia de Norte.

Disparos de arma de caça

A Polícia Federal informou hoje
que o indigenista Bruno Pereira, 41 e o jornalista britânico Dom Phillips, 57,
foram mortos com armas de caça. De acordo com a perícia, Pereira foi atingido
três vezes enquanto Phillips foi morto com um tiro.

Os corpos dos
dois, que foram encontrados na quarta-feira (15), na região do Vale do Javari,
também já foram identificados. As informações são da Folha de São Paulo.

análise feita
pela PF também indicou que a morte de Dom foi causada por “traumatismo
toracoabdominal por disparo de arma de fogo com munição típica de caça, com
múltiplos balins [chumbinhos presentes em cartuchos de espingarda], ocasionando
lesões principalmente sediadas na região abdominal e torácica”.

Já a morte de Bruno Pereira,
segundo a equipe da PF, foi “causada por traumatismo toracoabdominal e
craniano por disparos de arma de fogo com munição típica de caça, com múltiplos
balins”.

A PF comunicou ainda que o
indigenista foi atingido por dois tiros no tórax/abdômen e um outro tiro na
face/crânio.

A polícia ainda verifica qual é a
motivação do crime, embora investigadores do caso tenham convicção, a partir de
algumas provas levantadas, que as atividades ilegais de pesca e a caça na
região são o pano de fundo do caso. (Yahoo Noticias).

(Foto: Rodrigo Paiva/Getty)