Deputados contestam Gabrielli sobre impossibilidade de descobrir corrupção na Petrobras

Integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito da
Petrobras contestaram nesta quinta-feira (12) as afirmações do ex-presidente da
estatal petrolífera José Sérgio Gabrielli quando este disse que é impossível
para a Petrobras descobrir internamente as ações de corrupção na estatal.

Os pagamentos milionários de propinas foram denunciados
pelos ex-dirigentes da Petrobras Paulo Roberto Costa e Pedro Barusco, delatores
da Operação Lava Jato da Polícia Federal, que investiga desvio de cerca de R$
10 bilhões.

[Não é possível que o sistema de governança da Petrobras
captasse. Não há possibilidade de que internamente se captasse essa situação.
Tanto é que, depois da denúncia não se chegou a uma conclusão ainda], disse.
Membros do colegiado, a maioria de partidos da oposição, contestaram com
veemência as afirmações.

Gabrielli disse que, para descobrir esse tipo corrupção,
foram necessárias investigações policiais. De acordo com ele, mesmo escritórios
especializados em investigação, contratados pela Petrobras, ou auditorias
internas do Tribunal de Contas da União (TCU) não chegaram a uma conclusão
sobre os processos de corrupção em contratos com a estatal.

O ex-presidente da Petrobras afirmou também que [não há
corrupção sistêmica] na Petrobras. [Isso não quer dizer que não haja corrupção
na Petrobras, mas isso é um problema individualizado de alguns criminosos],
afirmou, em mais de cinco horas de reunião, no que também foi contestado pelos
deputados presentes à reunião. (Agencia Câmara)

Foto: Laycer Tomaz – Câmara dos Deputados