Deputado Hilton Coelho manifesta discordância de que PSOL assuma cargos no governo de Jerônimo Rodrigues

O deputado estadual Hilton Coelho
(PSOL) se pronunciou a respeito do que circula na imprensa e no meio político
que o Partido Socialismo e Liberdade (PSOL) assumirá cargos no governo de
Jerônimo Rodrigues. “Essa discussão ainda não foi pautada nas instâncias
partidárias. Quando isso ocorrer, a posição que defenderemos será contrária a
qualquer composição na estrutura governamental da futura gestão. No momento em
que declaramos apoio à candidatura petista no segundo turno deixamos evidente
que era um apoio crítico. Naquela oportunidade, lutávamos para impedir o mal
maior, representado na ameaça de retorno do carlismo ao governo estadual,
contando ainda com o apoio dos segmentos do bolsonarismo”, afirma o
parlamentar.

Hilton Coelho destaca que “nunca
nos dispomos a participar do governo porque temos profundas discordâncias com
os rumos da gestão petista que foi marcada pela violência contra a juventude
negra e pela retirada de direitos de servidoras e servidores estaduais, em
especial na área da educação. Impossível esquecer o descumprimento dos planos
de carreira e desrespeito às entidades classistas, como foi no caso emblemático
dos precatórios do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental
e de Valorização do Magistério (FUNDEF), no qual o governador desconsiderou a
pauta do movimento e retirou dinheiro da parte que era por direito da
categoria”.

O legislador lembra também que “as universidades estaduais sofreram ataques e nem mesmo a mesa de negociação
foi respeitada e ouvida. O caso de ataque à Embase também não pode ser
esquecido. Lançamos candidaturas próprias o governo estadual, com Kléber Rosa,
e ao Senado, com Tâmara Azevedo. Nosso intuito foi apresentar uma alternativa
popular e socialista para a Bahia. Não vemos sentido em participar da estrutura
governamental agora, algo que dentre outras coisas, impedirá nossa
independência de ação e crítica”.

Hilton Coelho conclui afirmando
que “sempre fui oposição programática de esquerda ao governo Rui Costa, mas não
poderia me abster de lutar pela democracia em uma eleição tão difícil quanto a
que enfrentamos em 2022. Derrotamos o fascismo com a candidatura de Lula e
reelegemos o nosso mandato com o compromisso de ser uma voz que ecoa as
demandas dos movimentos sociais e do povo baiano. Por isso, vamos continuar com
nossa posição de independência e autonomia”. (Ascom).

Foto: Divulgação/Ascom