Eleições do Senado acontecem nesta quarta e quinta-feira

O Senado vai seguir o cronograma tradicional da
eleição da Mesa Diretora e votar sua composição para o biênio 2023-2024 em dias
separados. Nesta quarta-feira (1º/2) será escolhido o presidente. Na
quinta-feira (2), haverá o pleito para definir o primeiro e o segundo-vice, bem
como primeiro, segundo, terceiro e quarto secretários.

Assim, a quarta-feira será aberta, às 15h, com a posse dos
27 novos parlamentares
. Por volta das 15h30, terá início o pleito
presidencial da Casa, com votação secreta por parte dos 81 senadores. Até as
15h desta segunda-feira (30/1), pelo menos, a previsão era de que a eleição dos
demais membros ocorresse às 10h do dia 2. A abertura dos trabalhos da Casa está
marcada para as 15h.

Para o pleito, a disputa está entre o atual
presidente, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que conta com apoio explícito do
presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT); Rogério Marinho (PL-RN), que, sem
cabo eleitoral forte com mandato, tenta se viabilizar como líder da direita ao
lado de aliados de mesmo perfil; e Eduardo Girão (Podemos-CE), cujo nome é
visto como tentativa de levar a disputa para um eventual segundo turno, o que
ajudaria o candidato do PL.

Pacheco, caso não seja traído por algum integrante
das siglas PSB, PDT, MDB, PT e PSD, vence a eleição com 43 anuências, duas a
mais que o necessário: 41. A expectativa do grupo é chegar a pelo menos 55
votos consolidados nas urnas, considerando apoios nas urnas do PSDB, União Brasil,
PL e PP, estes dois últimos da chapa de Marinho.

Marinho, que tem potencial de levar adiante temas “radioativos” – como homeschooling, redução da maioridade penal, garimpos
em territórios indígenas, expansão do uso de agrotóxicos e impeachment de
ministros do STF -, projeta chegar a 30 votos, mas para tal teria que arrancar
por baixo quatro votos da bancada do União Brasil, que definhou e ficou
com oito senadores na Casa.

O grupo de Marinho parte da premissa de que tem,
blocado, PL, PP e Republicanos, cujas bancadas somam um total de 23. Para
chegar a 30, precisará que o PSC opte na urna por Marinho, o que não é
impossível, em razão do alinhamento de pautas, e que Izalci Lucas e Plínio
Valério, ambos do PSDB, cumpram suas promessas de apoio junto ao candidato.
Esta projeção considera que não haverá traição para Pacheco por parte de seus
aliados. (Kelly Hekally – Especial para o Correio Brasiliense).

Foto: Roque de Sá/Agencia Senado

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