Lira e Pacheco enfrentam imbróglio na corrida por comissões permanentes

A corrida pelas comissões
permanentes do Congresso Nacional, um total de 54, mobiliza os partidos, mas o
cenário de disputa na Câmara dos Deputados e no Senado avança em velocidade e
configuração diferentes. Os calendários, no entanto, se cruzam: até a primeira
semana de março, a ideia é estar com os nomes indicados por legenda para cada
comissão e, uma vez aprovados, as eleições serem realizadas, bem como
constituídos os membros de cada uma delas. O rol obedece aos regimentos
internos.

Com preço alto para sua
recondução como presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) se viu obrigado a
construir um acordo sólido e amplo com 20 siglas, porém tenta considerar as 23
que têm bancada para o rateio das 30 comissões. A estratégia de Lira passa pela
negociação com o PL, maior partido da Casa, retirando a possibilidade de a
legenda absorver as seis comissões a que, regimentalmente, tem direito. As que
o deputado tirar do PL se juntarão às cinco comissões criadas por ele para
abarcar colegas. A costura é um intento do presidente para manter sua
governabilidade, com todos satisfeitos – ainda que em diferentes medidas. No
momento, entretanto, as discussões estão no seguinte limiar: quem vai ficar com
o quê? (Kelly Hekally – Especial para o
Correio).

Foto: Edilson Rodrigues/Agencia Senado