Lava jato devassa farra milionária da propaganda da Petrobras

Contratos da área de Comunicação da Petrobras são o novo
foco prioritário força-tarefa da Operação Lava Jato, a partir das descobertas
da 11ª fase da investigação, deflagrada na sexta-feira (10). A suspeita é de
que o modelo de desvios de até 10 em contratos de publicidade da Caixa
Econômica Federal e do Ministério da Saúde, entre 2011 e 2014, tenha sido
replicado na estatal petrolífera.

Batizada de A Origem, a mais recente etapa da Lava Jato
detectou o uso de empresas legais e de fachada em um esquema que beneficiou o
ex-deputado paranaense André Vargas, que foi vice-presidente da Câmara e
secretário de Comunicação do PT na período investigado. Ele teve ordem de
prisão cumprida pela PF na sexta-feira, assim como os ex-deputados Luiz Argôlo
(SD-BA) e Pedro Corrêa (PP-PE) e outras quatro pessoas.

O ponto de partida da nova frente de investigações na
Petrobras serão as empresas LSI, Limiar e IT7 (da área de tecnologia) –
controladas por Vargas e usadas para os desvios na Caixa e na Saúde, segundo a
Lava Jato. Um inquérito aberto no fim de 2014 para a área de Comunicação na
petrolífera servirá para centralizar as apurações.

Os investigadores buscarão novos envolvidos, além de Vargas,
e vão reunir elementos já levantados de sobrepreço e pagamentos sem contrato no
setor, via Diretoria de Abastecimento. [Existe uma investigação aberta e é
preciso olhar melhor essa área de Comunicação, em especial, na Diretoria de
Abastecimento], afirmou o procurador da República Carlos Fernando Lima.

Procurada neste sábado (11), a Petrobras não respondeu até
esta edição ser concluída. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.