Discurso de ódio recrudesce a violência contra a mulher, diz Adolfo Menezes.

O
presidente da Assembleia Legislativa da Bahia – ALBA , deputado Adolfo Menezes
(PSD), na manhã desta quarta-feira (12.04), bateu duramente na construção do
discurso de ódio e sua utilização como ferramenta política com o intuito de
atacar a democracia e a sociedade.

“As
mulheres, hoje, são as maiores vítimas do discurso de ódio que tomou conta do
Brasil. É fundamental a criminalização dessa prática, que adoece severamente o
tecido social do país. O Brasil não pode ser laboratório dessa chaga social.
Urge erradicá-la”, disse Adolfo Menezes.

A
indignação do chefe do Legislativo estadual foi feita no lançamento do Roda de
Conversa, da Assembleia Legislativa, que debateu a questão da violência contra
a mulher. O projeto visa abrir um canal de comunicação entre o Legislativo
baiano e a sociedade, para debater temas de grande interesse da vida
brasileira.

A
coordenação do Roda de Conversa é do Instituto Assembleia de Carinho (braço social
da Alba), dirigido pela mulher do presidente, Denise Menezes, e pela diretora
de promoção à saúde da Alba, Letícia Mascarenhas, e do gerente do Departamento
de Assistência Médico-odontológico, Luiz Bittencourt.

Evento
aconteceu no Auditório Jornalista Jorge Calmon, na Alba, com a participação de
estudiosas do assunto, escritoras, representantes de órgãos como Governo do
Estado, Tribunal de Justiça da Bahia, Tribunal de Contas do Estado, Defensoria
Pública, Ministério Público do Estado, Universidade Federal da Bahia,
Assembleia de Carinho e vários parlamentares.

Adolfo
Menezes destacou a relevância da temática escolhida. “A violência contra a
mulher, no atual contexto do país, é um dos temas mais proeminentes da pauta
nacional, pela premência de o conjunto da sociedade encontrar uma solução”,
observou.

SOCIEDADE
DOENTE

“Somos
o 5º país no mundo que mais mata mulheres. Uma mulher é morta a cada seis
horas. Ano passado, foram registrados 2.423 casos de violência contra o sexo
feminino no Brasil. Desses, 495 foram crime de feminicídio. Precisamos dar um
basta”, salientou.

Presidente
da Alba se disse intrigado com o preocupante fenômeno. “Embora o endurecimento
das leis, como a Lei Maria da Penha, a Lei do Feminicídio, as ações dos três
poderes, as medidas protetivas, o esforço das polícias etc, ainda assim esta
chaga cresce no país”.

O
parlamentar apontou direções, citando a misoginia, o machismo estrutural, a
violência emocional, o racismo, a homofobia, a disseminação do preconceito,
turbinados por meios digitais, as ?fake news, esse câncer dos dias atuais?.
Para ele, a sociedade está acometida por uma enfermidade grave, que é o
discurso de ódio.

“Para
agravar o problema, esse imenso tecido social combalido, distópico, esgarçado
em seus valores, encontrou a maneira mais vil e covarde de violentar as
mulheres e o conjunto da sociedade. Me refiro aos ataques às escolas e creches,
que entraram em nosso cotidiano, ceifando a vida de crianças e nos faz descer
ralo abaixo para um esgoto fétido civilizacional”, bradou Adolfo Menezes,
indignado. (Ascom).

Foto: Divulgação