Assim como várias instituições financeiras e organismos
internacionais, a equipe econômica revisou para baixo a estimativa para o
Produto Interno Bruto (PIB) em 2015. Segundo o projeto da Lei de Diretrizes
Orçamentárias (LDO), enviado hoje (15) ao Congresso, o governo prevê contração
de 0,9 da atividade econômica neste ano.
Embora os números sejam divulgados pelo Ministério do
Planejamento, as estimativas são de autoria da Secretaria de Política Econômica
do Ministério da Fazenda. Para 2016, a proposta da LDO prevê crescimento de
1,3 .
Ontem (14), o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, tinha
informado que as projeções da equipe econômica haviam incorporado as
estimativas do mercado financeiro. Os números estão próximos às previsões das
instituições financeiras. Segundo a última edição do Boletim Focus, pesquisa
semanal com economistas de mercado divulgada pelo Banco Central, as
instituições estimam retração de 1,01 do PIB em 2015 e crescimento de 1 em
2016.
A proposta da LDO também atualizou as estimativas para o
Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), usado como inflação
oficial. O Ministério da Fazenda prevê que o índice encerrará 2015 em 8,2 ,
acima do teto da meta, de 6,5 . Para 2016, a equipe econômica projeta IPCA de
5,6 . A última edição do Boletim Focus prevê inflação de 8,13 neste ano e de
5,6 em 2016.
Em relação ao superávit primário (economia de recursos para
pagar os juros da dívida pública), o projeto da LDO manteve as previsões de
esforço fiscal de 1,2 do PIB em 2015 e de 2 em 2016. No próximo ano, o
superávit somará R$ 126,73 bilhões, dos quais R$ 104,55 bilhões correspondem à
União e R$ 22,18 bilhões aos estados e municípios. (ABr)
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