Lançamento de livro de Florisvaldo Mattos movimenta o MAB

O saguão do Museu de Arte da
Bahia (MAB) ficou pequeno para acomodar as mais de 400 pessoas que foram ao
lançamento do livro ?Academia dos Rebeldes ? e Outros Exercícios Redacionais?,
do jornalista Florisvaldo Mattos, publicado pelo programa ALBA Cultural. O presidente
Adolfo Menezes, o vice-governador Geraldo Júnior, o reitor da Universidade
Federal da Bahia, Paulo César Miguez, desembargadores e outras autoridades
prestigiaram o ato, bem como confrades do autor da Academia de Letras da Bahia,
membros do Instituto Geográfico e Histórico, professores universitários,
escritores, poetas, jornalistas, ex-alunos, cineastas, admiradores e amigos.

Emocionado com a presença maciça
de amigos, Florisvaldo Mattos, do alto de seus 91 anos recém-completados (no
último dia 8), autografou cerca de 300 exemplares, uma maratona que excedeu em
três horas o ato formal de lançamento, que constou de dois breves
pronunciamentos. Dele próprio e do deputado Adolfo Menezes, que agradeceu o
privilégio de publicar ?esse trabalho intelectual de fôlego? do professor
Florisvaldo Mattos, que eleva o nível do programa editorial executado pelo
Legislativo, desde o ano de 1998, e que já editou cerca de 350 títulos, ?o que
não é pouco para uma Casa Legislativa?.

COMPROMISSO

O deputado Adolfo Menezes
reafirmou o seu compromisso e do Poder, ?que tenho a honra de presidir, em
preservar e incentivar a cultura da nossa terra e da nossa gente, e de
aproximar ainda mais o Parlamento das instituições culturais baianas?. Ele
parabenizou o autor pela lucidez, vigor, e avisou que falaria da vitoriosa
carreira construída por Florisvaldo Mattos, em mais de 50 anos de atuação como
jornalista, em que ?demonstrou talento, capacidade de trabalho, ética e
competência nos variados cargos que ocupou, repórter, articulista, editor e
editor-chefe, de órgãos da importância de A Tarde, da chefia de redação do
Diário de Notícias ou da chefia da sucursal baiana do Jornal do Brasil?.

O presidente da ALBA tratou ainda
de outros cargos ocupados por Florisvaldo, como a presidência da Fundação
Cultural do Estado, bem como da sua eleição para a Academia de Letras da Bahia,
em 1995. Depois citou todos os livros por ele publicados, quando se aventurou
por gêneros variados, embora esteja claro a sua preferência pela poesia, desde
a sua estreia literária com a publicação de Reverdor, em 1965, ?um livro de
poesia?, frisou. Adolfo Menezes encerrou o seu pronunciamento com uma frase do
escritor Monteiro Lobato: ?Acredito, como Lobato, que um país se faz com homens
e livros?.

Florisvaldo Mattos explicou que
?Academia dos Rebeldes e Outros Exercícios Redacionais? reúne um conjunto de 42
artigos, cuja redação abrange variadas linguagens artísticas, tais como poesia,
literatura, artes plásticas, música e cinema, além de movimentos socioculturais
e jornalismo. Ele escreveu indo direto ao assunto, ?fiel às regras de gramática
e sintaxe, redigindo sempre frases legíveis, compostas por palavras simples,
que não abrissem janelas ao assombro, não se enredando com teorias estéticas,
de cujas as teias abstratas não conseguisse desgarrar?.

Abordou a importância da ?erupção
das primeiras chamas intelectuais da Semana de Arte Moderna de 22, travada pelo
conservadorismo da época, como foi a Academia dos Rebeldes (1928-1933)?, que
empresta o nome ao título do seu livro, revelando jornalistas e políticos que
fizeram fama nos anos posteriores. Ele alinhou na obra 14 biografias sintéticas
dos mais atuantes membros desse movimento. Lembrou da importância da Geração
Mapa, que também aborda no livro, e revelou que, ?no campo das artes, ousou
outras aventuras verbais, como o cinema, recordando Glauber Rocha. Na música,
uma homenagem a Batatinha, e a poesia boêmia de Jehová de Carvalho?. Encerrou
com uma pitada de latim: ?Alea jacta est?, ou a sorte está lançada, como disse
Júlio César ao atravessar o rio Rubicão.

PRESENÇAS

Além de Florisvaldo Mattos e
esposa, Vera Pessoa, compuseram o espaço reservado às autoridades o presidente
Adolfo Menezes; o vice-governador Geraldo Júnior; o reitor Paulo Miguez; o
presidente da Associação Bahiana de Imprensa (ABI), jornalista Ernesto Marques;
o assessor especial da Secretaria de Turismo, Fernando Ferrero, representando o
secretário Maurício Bacelar; a defensora pública Mônica Aragão, que representou
a titular da Defensoria, Firmiane Venâncio; e a diretora do Museu de Arte da
Bahia, Ana Liberato.

Também estiveram na solenidade o
presidente da Academia de Letras da Bahia, Ordep Serra; acadêmicos como Ruy
Espinheira Filho, Décio Torres, Carlos Ribeiro; intelectuais como Paulo
Ormindo; compositores e poetas como Walter Queiroz; professores universitários
como Aloísio da Franca Rocha, Albino Rubim (ex-secretário de Cultura), Jorge
Lisboa de Paula, Oscar Dourado, Vanessa Cavalcanti; e representantes do
Instituto Geográfico e Histórico, como Rita Chaves; e da ABI, como Luis
Guilherme Pontes Tavares e Valter Lessa.

Prestigiaram o lançamento os
escritores Paulo Martins, Marlene Landim (viúva do artista plástico Ângelo
Roberto); a dramaturga, escritora e poeta Aninha Franco; e Vitória Régia
Sampaio, do grupo Mulheres Poetas. Também compareceram o escritor e animador
Cultural Clarindo Silva; o desembargador do TRT, Alcino Felizola; e Cybeli
Amado de Oliveira, do MEC. E ainda, o cineasta Roberto Santana e pesquisadores
dirigentes de Museu, como Maria Pia e Eliene Bina, e o advogado Pedro
Barachisio. E muitos jornalistas, como a diretora do jornal A Tarde, Mariana
Carneiro, João Leite, Artur Carmel, Kaliandra Gonzales, José Cerqueira, Itamar
Ribeiro, Vitor Hugo Soares, Margarida Soares, Nestor Mendes Júnior, Osvaldo
Lyra, Levi Vasconcelos, Olívia Soares ? a grande maioria ex-alunos de
Florisvaldo Mattos. (Agencia Alba).

Foto:  Juliana Andrade/Agencia Alba

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