Deputados querem ouvir Secretária de Saúde sobre falta de anestesistas nos hospitais

A falta de anestesistas no
Hospital Geral Roberto Santos, e em outras unidades da rede estadual, é motivo
de grande preocupação para os integrantes da Comissão de Saúde e Saneamento da
Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA). Tanto é assim que os deputados
decidiram, na sessão desta terça-feira (25), encaminhar um ofício à secretária
estadual de Saúde, Roberta Santana, pedindo uma reunião urgente para tratar do
assunto.

“Não lembro de ter visto isso (a
falta de anestesistas) antes na Bahia e esta comissão vai ainda nesta
terça-feira oficiar a Secretaria de Saúde do Estado (Sesab) para que ela possa
esclarecer a razão dessa situação estar ocorrendo”, explicou o presidente da
comissão, deputado Alex da Piatã (PSD). “Não podemos ficar omissos vendo vidas
de irmãos e irmãs sendo ceifadas com esse crime de não termos anestesistas na
nossa rede hospitalar’, acrescentou ele.

O problema da falta de
anestesistas vem sendo denunciado desde dezembro, mas o quadro se agravou nos
últimos dias, segundo explicou o deputado Eduardo Alencar (PSD). Ele lembrou
que o Roberto Santos possui 640 leitos. “Pacientes graves estão deixando de ser
operados. Isso é prevaricação”, afirmou.

Durante a sessão, os
parlamentares foram informados que existem quatro cooperativas de anestesistas
prestando serviço no Estado. Uma delas está atuando diretamente no Roberto
Santos. “Não importa se estão pagando pouco ou muito, o que importa é que
existe um contrato. Se a cooperativa não está satisfeita com o contrato, deixa
o hospital, e nós chamamos outra empresa para prestar serviço”, acrescentou
Eduardo Alencar.

Outro deputado a manifestar sua
preocupação com o que está ocorrendo foi José de Arimateia (Republicanos). “A
secretária de Saúde tem obrigação de levar a público o porquê isso está
ocorrendo. A gente sabe que existem as prestadoras de serviço, as cooperativas,
mas precisamos entender as razões que causaram esse entrave”, afirmou. Para
ele, é necessário ouvir não só a secretária, mas também os médicos anestesistas
sobre o tema. (Agencia Alba).

Foto: Ascom/Agencia Alba