A deputada Fabíola Mansur (PSB)
protocolou, na Assembleia Legislativa, uma moção de pesar pelo falecimento da
cantora Rita Lee. A artista de 75 anos lutava contra um câncer no pulmão desde
2021. Ela morreu nesta segunda-feira (8), em São Paulo.
Consternada, a parlamentar
afirmou que a cantora, compositora, multi-instrumentista, escritora e
apresentadora marcou sua juventude. “A morte de Rita Lee enche de tristeza o
Brasil, o mundo e o rock. Ela teve papel fundamental no gênero. Uma das maiores
cantoras e compositoras da história do Brasil, uma das artistas mais versáteis
da música brasileira”, classificou.
No documento, Fabíola relata que
a artista construiu uma carreira de sucesso que começou com o rock, mas passou
por diversos gêneros. De opiniões fortes, a cantora se tornou uma das mulheres
mais influentes do país e ganhou reconhecimento de diversos colegas da classe
artística. Entre as temáticas que defendia, estavam a liberdade, as mulheres e
os animais. “Sempre moderna e revolucionária, Rita foi referência de
criatividade e independência feminina durante os quase 60 anos de carreira. O
título de ?Rainha do rock brasileiro? veio quase que naturalmente”, disse a
deputada, que contou ser fã apaixonada da cantora.
Natural de São Paulo (SP), Rita
Lee cresceu no bairro da Vila Mariana, onde teve aulas de piano e, logo cedo,
foi influenciada pelo rock de Elvis Presley, Beatles e Rolling Stones, mas
também pela música brasileira que os pais escutavam em casa, com clássicos da
MPB como Cauby Peixoto, Angela Maria, Maysa e João Gilberto.
Ainda em sua moção, Fabíola
relata a história de vida da artista, que começou a compor as primeiras canções
na adolescência e a integrar bandas com amigos.
Em 1963, formou, com mais duas
garotas, as Teenage Singers. O grupo fazia pequenos shows em festas colegiais. “Com Os Seis, outra banda que integrou, gravou o primeiro compacto com duas
músicas. A saída de três componentes do sexteto acabou deixando o trio formado
por Rita, Arnaldo Baptista e Sérgio Dias, que rebatizaram a banda como Os
Bruxos. Por sugestão de Ronnie Von, o grupo passaria a se chamar Os Mutantes”,
relembrou a parlamentar.
A chegada do músico Roberto de
Carvalho à banda deu início a uma parceria musical e amorosa que duraria a vida
inteira. “Em 1976, já morando com Roberto de Carvalho e grávida do primeiro
filho, Rita foi detida pela ditadura militar por porte e uso de maconha, em um
ato do regime para ‘servir de exemplo à juventude’ da época”, explicou. (Agencia Alba).
Foto: Ascom/Agencia Alba