O líder do União Brasil na Câmara dos Deputados, Elmar Nascimento (BA), declarou que a sigla não pressionará ninguém para a substituição do comando do Ministério do Turismo. Elmar também defendeu a negociação para fortalecer a estrutura do ministério, a fim de atender melhor às demandas dos parlamentares.
Essas declarações foram feitas após uma reunião dos deputados do partido, enquanto a bancada do União Brasil na Câmara busca a saída de Daniela Carneiro do ministério. Em seu lugar, os deputados estão solicitando a nomeação de Celso Sabino (União Brasil-PA), também deputado.
“O timing é do presidente Lula, nós não vamos botar a faca no pescoço de ninguém, não vamos exigir nada de ninguém. O governo sabe qual é o momento mais adequado até porque eu entendo que eles precisam primeiro, se quiserem, resolver a situação com a ministra Daniela, é o mais correto. Até porque ela apoiou o presidente Lula, sempre foi correta com o governo, não dá para passar por cima dela, tratar de indicação, de nomeação e de qualquer ministério sem primeiro resolver isso”, argumentou o parlamentar em conversa com jornalistas nesta terça-feira (13), após reunião da bancada que aconteceu depois da decisão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em manter a titular do Turismo.
No contexto da distribuição de ministérios para garantir governabilidade, Lula designou três ministros para a quota do partido: Waldez Góes (Integração e Desenvolvimento Regional), Juscelino Filho (Comunicações) e Daniela Carneiro (Turismo). No entanto, os deputados do partido defendem que Daniela e Góes não devem ser considerados como parte da quota da legenda.
A ministra já formalizou ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) o pedido de desfiliação do partido, enquanto Waldez Góes foi indicado pelo senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), mesmo não sendo afiliado ao União Brasil.
Elmar apontou ainda que o partido não esperava a saída de Daniela na terça, como estava se especulando.
“Nunca houve essa expectativa. Nós nunca tratamos disso. Tudo que saiu aí foi repercutido pela imprensa, eu não sei quem tem sido as fontes. Dentro da bancada nunca houve expectativa com prazo (?) Quem tem legitimidade para escolher ministro, nomear ministro, demitir ministro, é o presidente Lula. Quando e se ele achar que deve, ele vai nos chamar. Há entre nós e o governo uma concordância de que a forma como foi concluída no início do mandato não foi mais adequada, porque não houve a legitimação da bancada”, explicou o deputado. (bahia.ba).
Foto: Reprodução TV Globo