A proposta de emenda constitucional (PEC 4330) que
regulamenta a terceirização, já aprovada na Câmara, sofre forte resistência de
sindicatos porque essas entidades te [Parte domem perder a receita milionária
da contribuição sindical, e não porque os trabalhadores terceirizados
representem um risco a qualquer categoria profissional.
Essa avaliação, compartilhada por vários especialistas, é
corroborada também pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha
(PMDB). Ele afirmou hoje em Uberaba (MG) que há muitas entidades favoráveis, [como
a Força Sindical, a cujo ato fui ontem]. Segundo ele, [os que são contra são os
que querem manter a contribuição sindical. A briga é por dinheiro e aí essas
pessoas estão politizando o assunto], declarou, em conversa com jornalistas da
ExpoZebu 2015.
Segundo ele, a terceirização como está é a que precariza o
trabalho. [Temos que ter uma regulamentação correta, justa. O projeto de lei
que aprovamos é a que mantém os direitos e obrigações trabalhistas], disse. Ele
reiterou sua opinião sobre a sinalização de que a presidente Dilma Rousseff
(PT) é contra a lei. [Ela tem que ter cautela, não pode só levar em conta a
pauta do PT, até porque o PT não tem número para aprovar pauta sozinho no
Congresso. Ela tem que considerar todos os partidos], declarou.
Cunha, na palestra com pecuaristas, fornecedores e
autoridades, comentou que a discussão atual sobre divisão do País em classes é
retórica e não ajuda a sociedade. [Não existe trabalho sem capital e nem
capital sem trabalho. Temos que integrar], declarou, admitindo que já recebeu [umas
50 ameaças de morte pelo Facebook e Twitter], onde a discussão está mais
acalorada.
Sobre as conversas que o vice-presidente da República,
Michel Temer (PMDB) teria com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Cunha
comentou que é normal. [É um comportamento de político. Nós sentamos para
conversar com todos, para discutir, para consentir], afirmou. (Diário do Poder)
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