O pequeno expediente da sessão,
desta quarta-feira (9), na Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), repercutiu,
entre outros temas, a CPI em Brasília que investiga as ações do MST,
atendimento público de saúde, segurança pública, educação e violência contra
mulher. Conduzido pelo presidente Adolfo Menezes (PSD), o horário foi utilizado
pelos parlamentares inscritos, que se revezaram no plenário para fazer seus
pronunciamentos.
Leandro de Jesus (PL) trouxe à
tona trechos, em áudio, de depoimentos de ex-integrantes do MST, durante
oitiva, nesta terça-feira (8), da CPI do Congresso Nacional que investiga ações
do movimento. Segundo o deputado, os relatos dão conta de invasões, agressões e
ameaças a duas senhoras em assentamentos no Sul da Bahia.
O presidente Adolfo Menezes
saudou os estudantes do Colégio Estadual Professora Hilda Monteiro Menezes, de
Campo Formoso, sua terra natal, que assistiam à sessão da Galeria Paulo
Jackson. Ele explicou que a visita premiava aqueles alunos que se destacaram na
leitura, e que a turma iria visitar ainda a Biblioteca Central do Estado da
Bahia, nos Barris.
Fabíola Mansur (PSB) externou sua
preocupação com a situação da Unidade de Alta Complexidade em Oncologia
(Unacon) de Caetité, inaugurada em 2021, que, segundo a parlamentar, passa por
problemas envolvendo repasses de convênio assinado com Prefeitura local. A
socialista relatou que já requisitou uma solução do Governo do Estado.
Robinson Almeida (PT) destacou a
entrega, na manhã dessa terça-feira (9), em Salvador, de novas viaturas e o
anúncio, pelo governador Jerônimo Rodrigues, de convocação de policiais
militares da reserva para atuar em funções administrativas. Para o petista, que
saudou o retorno do programa Pacto pela Vida, a violência no Brasil está
associada ao consumo e tráfico de drogas.
Hilton Coelho (PSol) subiu à
tribuna para abordar a repercussão nacional dos recentes episódios da crescente
letalidade das forças de segurança do Estado. Citando discussão recente na
Comissão de Direitos Humanos da ALBA, ele defendeu que a Casa faça audiências e
seminários aprofundados sobre o crescimento da violência na Bahia.
Dr. Diego Castro (PL) usou seu
tempo para dar sequência ao pronunciamento do colega de partido, Leandro de
Jesus, com trecho de relato de Vanuza dos Santos de Souza à CPI do MST, em
Brasília. A depoente, informou o liberal, fazia parte do Acampamento São João,
no Sul da Bahia. Ele defendeu que o Parlamento baiano auxilie os trabalhos da
comissão.
Olívia Santana (PC do B) destacou
o Agosto Lilás, mês de enfrentamento à violência contra a mulher, referenciando
a sanção da Lei Maria da Penha, assinada no dia 7 de agosto. A deputada
defendeu mais investimentos para o combate à violência e uma rede de proteção
que se estenda a todos os 27 territórios de identidade do estado.
Alan Sanches (UB) voltou a fazer
críticas à regulação de pacientes na rede estadual de saúde. Médico e líder da
oposição na Casa, ele cobrou da Sesab um planejamento para melhoria do sistema,
citou um deputado que recebeu 45 pedidos para regulação e questionou o
funcionamento de alguns hospitais, como o Metropolitano.
Em resposta, o líder do governo,
Rosemberg Pinto (PT), argumentou que, antes do sistema de regulação vigente, o
atendimento dos pacientes passava por indicação de políticos. Já a respeito da desconfiança
do colega quanto ao funcionamento de unidades de saúde, o petista convidou o
líder da oposição para visitar, juntos, os hospitais citados. (Agencia Alba).
Foto: Carlos Amilton/Agencia Alba