Sob aplausos, o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general da reserva Augusto Heleno, foi aclamado pelos parlamentares de oposição, durante a sua chegada à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) de 8 de janeiro, que está sendo realizada na manhã desta terça-feira (26), na Câmara dos Deputados. O momento foi compartilhado pela deputada Bia Kicis (PL-DF), no X, antigo Twitter.
“O General Heleno é aplaudido de pé em sua chegada à #CPMIdosatosde8dejaneiro”, escreveu a parlamentar na legenda do vídeo.
A sessão com o militar foi iniciada às 9h, sob comando do presidente do colegiado, Arthur Maia (União Brasil-BA), e relatado pela senadora Eliziane Gama (PSD-MA). O general foi convocado na condição de testemunha e chegou a acionar o Supremo Tribunal Federal (STF) para não comparecer à comissão hoje.
Na oportunidade, o ex-auxiliar de Jair Bolsonaro (PL) disse nunca ter tratado sobre política no GSI e que não teria condições de dar explicações sobre os atos do 8 de janeiro. O ministro do STF, Cristiano Zanin, concedeu o direito de Heleno ficar em silêncio durante o depoimento. Apesar da decisão de Zanin, o general responde as indagações dos membros da Comissão.
Jamais me vali de reuniões ou palestras ou conversas para tratar de assuntos eleitorais ou políticos partidários com meus subordinados no GSI. Não havia clima para isso e o único ser político do GSI, era eu mesmo?, disse na abertura da CPMI.
Questionado pela relatora se esteve presente na reunião entre o ex-mandatário com embaixadores estrangeiros, no Palácio do Alvorada, que questionou a veracidade das urnas eletrônicas, Augusto Heleno negou participação. Devido a este o encontro, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) avaliou o caso como abuso de poder político e determinou a inelegibilidade de Bolsonaro. (Gabriela Araujo/bahia.ba).
Foto: Fabio Rodrigues/Agencia Brasil