O deputado federal Pastor Sargento
Isidorio (Avante) está entre os baianos que votaram a favor do projeto de lei
que prevê o fim do casamento entre pessoas do mesmo sexo no Brasil. Em
entrevista ao bahia.ba, ele afirmou que ser a favor da união homoafetiva é “negar” sua fé, mas garante não ser contra a concessão de direitos a pessoas
LGBTQIAPN+.
Sobre o PL, Isidorio alega que
não há ?proibição? sobre o casamento homoafetivo, devido a Constituição Federal
definir que “que casamento é entre um homem e uma mulher”.
“Não tem proibição. O casamento
entre homem com homem e mulher com mulher não existe, nem na Constituição. A
Constituição Federal diz que casamento é entre homem e mulher”, argumenta o
deputado.
Isidorio afirma ainda que não se
opõe aos direitos assegurados aos casais formados por pessoas do mesmo sexo.
Segundo Isidorio, ele “não é contra gays, lésbicas e casais homoafetivos?, por
?conviver no meio deles na fundação?.
?Enquanto aos direitos de
alimento, moradia, previdenciário, plano de saúde, isso nós devemos manter. Eu
não tenho, nunca tive e nunca terei nada contra gays, lésbicas e casais
homoafetivos, pois vivo e convivo no meio deles na fundação.”
O deputado apresentou ainda um
voto em separado para garantir que líderes religiosos não sejam obrigados a
realizar celebrações de uniões homoafetivas.
“Apresentei um voto separado para
garantir que padres, pastores e líderes de cultos não fossem obrigados a
realizar cerimônias desse porte e que as igrejas e os templos não fossem
disponibilizados, que não tivessem a obrigação de receber essas cerimônias.”
Isidorio elenca diz que, para o
casamento entre pessoas do mesmo sexo no país ser aprovado, será necessário a
elaboração de uma proposta de Emenda à Constituição (PEC).
“Casamento é uma pauta cara, é de
costume para mim. Se eu, de uma hora para outra, aparecer concordando com o
casamento de homem com homem e mulher com mulher, eu vou estar negando a minha
fé. Eu estou lá para garantir os direitos dos cidadãos, não quero saber se é
gay, se é lésbica. Existe união homoafetiva, os direitos não podem ser
retirados. Apenas a palavra casamento que precisa de uma PEC, que será debatida
na sociedade e depois no parlamento quando os representantes do povo vão votar
suas posições. Se disserem que é casamento, vai ser casamento”, afirma o
parlamentar.
O casamento homoafetivo no Brasil
não está legalizado nem previsto em lei. Em 2011, contudo, um julgamento do
Supremo Tribunal Federal (STF) entendeu que o casamento entre pessoas do mesmo
sexo é constitucional. (Carolina Papa ? bahia.ba).
Foto: Reprodução/TV Câmara