Lula sobre onda de violência no Rio: “Esse governo não vai se esconder”

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva
(PT) comentou sobre a onda de violência no Rio de Janeiro, após o miliciano
Matheus da Silva Rezende, conhecido como Faustão ou Teteus, ser morto pela
polícia. Mais de 30 ônibus foram alvos de incêndios criminosos nesta
segunda-feira (23/10) e diversas vias da Zona Norte foram bloqueadas em reação
a operação policial.

Segundo Lula, a violência no
estado é um “problema do Brasil” e o governo federal quer colaborar e
compartilhar as soluções dessas questões. “Esse governo não vai se
esconder e dizer que é só problema dos estados”, afirmou.

O presidente da República disse
que conversou com os ministros Flávio Dino e José Múcio para formular ações e
utilizar as estruturas dos ministérios da Justiça e da Defesa a fim de combater
o crime organizado e as milícias no Rio de Janeiro.

A destruição dos ônibus ocorreu
após o miliciano Matheus da Silva Rezende ser morto durante uma troca de tiros
com a Polícia Civil, na comunidade Três Pontes, na Zona Oeste. O criminoso era
sobrinho do miliciano Luís Antônio da Silva Braga, o Zinho, procurado pela
Justiça por ser um dos principais chefes do crime organizado. Matheus era
descrito como um “homem de guerra” e estaria sendo preparado para
assumir o comando da milícia Liga da Justiça.

O governador do Rio de Janeiro,
Cláudio Castro, classificou os incêndios dos veículos do transporte público
como “ações terroristas”. Os envolvidos serão encaminhados a
presídios federais. “Estamos com nosso efetivo garantindo que não haverá
mais nenhuma queima de composição e a população poderá ir para casa. Me
solidarizo com a população. É triste que criminosos usem a população de escudo.
É a própria população, que alguns deles dizem defender, que é atacada em um
momento desses?, disse o governador em coletiva de imprensa ontem. (Aline Gouveira – Correio Brasiliense).

Foto: Evaristo Sá/AFP