O procurador-geral eleitoral,
Paulo Gonet Branco, foi o escolhido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva
para o comando da Procuradoria-Geral da República (PGR). O nome dele ganhou
força com o apoio de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão do
chefe do Executivo foi informada nesta segunda-feira (27/11) e será enviada ao
Congresso Nacional. Gonet precisará passar por sabatina e ser aprovado pelo
plenário do Senado.
A vaga de comando da procuradoria
está desocupada desde a saída de Augusto Aras, que completou dois mandatos
consecutivos à frente do órgão. Nas últimas semanas, Gonet se articulou com
aliados do presidente Lula, prometendo manter uma linha progressista e que não
criminalize a política caso seja alçado ao cargo.
Lula encaminhou, hoje, ao
presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), “as indicações de
Flávio Dino ao cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal e de Paulo Gonet
ao cargo de procurador-geral da República”, escreveu nas redes sociais a
equipe do presidente.
Com a proximidade do recesso
parlamentar, em dezembro, Gonet precisa correr contra o tempo para convencer os
senadores a realizarem a sabatina com celeridade, para que ele possa tomar
posse ainda neste ano. Caso contrário, a alçada ao cargo ficará para 2024.
Com a indicação de Gonet para a
PGR, Lula se concentra agora no preenchimento da vaga em aberto no Supremo
Tribunal Federal (STF).
Com a decisão, Lula deixa de
seguir a tradicional lista triplice organizada pela Associação Nacional dos
Procuradores da República (ANPR). A lista é feita a partir do voto da
categoria, sempre antes do término do mandato de quem ocupa o posto.
Gonet contou com apoio dos
ministros Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes, do STF, o que foi decisivo para
que ele fosse escolhido. (Renato Souza/Correio Brasiliense).
Foto: Carlos Moura/SCO/STF