No dia em que o Instituto Brasileiro de Geografia e
Estatística (IBGE) revelou a piora do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro
trimestre, em relação ao ano passado, o ministro da Fazenda, Joaquim Levy,
afirmou que os riscos para a economia, atualmente, são menores do que os do início
do ano. Em sua opinião, [houve uma mudança qualitativa distinta] de cenário.
Segundo ele, a queda do PIB reflete |incertezas|, como as
ocorridas no setor elétrico, que há pelo menos dois anos passa por uma crise de
escassez de água nos reservatórios hidrelétricos e, por isso, passou a conviver
com valores elevados para a eletricidade. Mas, de acordo com o ministro, a alta
da tarifa de energia ajudou a |modular o consumo| de energia.
Apesar dos números negativos trazidos hoje pelo IBGE, Levy
demonstrou otimismo. Para ele, a fase mais crítica do setor elétrico já foi
ultrapassada, o que deve contribuir com a melhora também da economia. Ele
destacou a melhora dos reservatórios hidrelétricos ao longo do primeiro
semestre do ano.
Levy disse ainda que o Brasil tem sido afetado pela retirada
das políticas anticíclicas de países parceiros, o que força o Brasil a |fazer o
mesmo|, ressaltou. |Isso significa que o Brasil está em uma nova fase| e o
ambiente é distinto em relação ao de dez anos atrás. [Temos que nos adaptar a ISS],
afirmou.
Diferentemente da energia elétrica, o setor petróleo, embora
em condições melhores que no início do ano, deve continuar sofrendo os efeitos
negativos da queda das cotações de commodities. Segundo Levy, [o impacto da
queda do preço das commodities será persistente].
O ministro participou há pouco de palestra na sede da
Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan), em evento de comemoração
pelo Dia da Indústria, em 25 de maio. (AE)