Wagner: decisão sobre MP da Reoneração terá responsabilidade fiscal e só deve sair em fevereiro

Em reunião com o presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT-SP), nesta nesta segunda-feira (15), para discutir a medida provisória (MP) enviada pelo governo federal que prevê a reoneração da folha de pagamento para 17 setores da economia, o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), ao fim do encontro, frisou que qualquer decisão sobre a medida provisória (MP) da reoneração levará em conta a “responsabilidade fiscal”.

Ainda, conforme ele a previsão de qualquer decisão neste sentido só deve ocorrer com a retomada dos trabalhos no Congresso, em fevereiro. Ele destacou que antes é preciso também um encontro com o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).

“Não há nenhum objetivo de termos perdedores e vencedores, tem responsabilidade fiscal”, comentou, sem detalhar sobre os avanços da reunião, pois eles ?só existem quando bate o martelo. Foi uma MP apresentada, não foi instalada comissão, está se vendo saídas?, disse à Metrópoles. .

“Qualquer coisa só deve acontecer na retomada dos trabalhos, está se preparando isso. Não tenho proposta pra adiantar. O que tem na mesa não posso falar, senão, estrago tudo”, afirmou.

Pacheco e Haddad não deram entrevistas após a reunião, que terminou às 20h20.

A MP da Reoneração só começa a valer em 1º de abril. Até essa data, a desoneração dos 17 setores da economia continua em vigor, o que dá tempo hábil para que o governo negocie com o Congresso. O recesso legislativo termina em fevereiro e, até lá, nenhuma decisão formal deverá ser tomada, mas os parlamentares têm reagido e pressionado por uma negociação.

A desoneração da folha de pagamento era praticada pelo governo federal desde o primeiro governo de Dilma Rousseff (PT), em 2011. O Congresso Nacional aprovou a prorrogação por outros quatro anos, até 2027. A medida, porém, foi vetada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o parlamento derrubou o veto no fim do ano passado. (bahia.ba).

Foto: Pedro Gontijo/Senado Federal