O Ibovespa foi fortemente afetado pela cautela mundial nesta terça-feira (16) e caiu 1,69%, aos 129.294 mil pontos. Especialistas apontaram também o fator Donald Trump. O ex-presidente garantiu uma vitória esmagadora na primeira disputa presidencial republicana de 2024, em Iowa, na segunda-feira, afirmando seu comando sobre o partido, apesar de enfrentar uma série de acusações criminais, enquanto busca uma revanche eleitoral com o presidente norte-americano, Joe Biden.
“Desde cedo China e México apanharam. Mercados emergentes, no geral, performaram muito mal. O dólar também subiu”, fala Luiz Eduardo Portella, sócio da Novus Capital. “O mercado está com cara de que já tem algo de Trump no trading do dia. Se pegarmos o último mandato, ele foi anti China e México”.
O dólar subiu 1,22%, a R$ 4,924 na compra e a R$ 4,925 na venda. O movimento acompanhou o exterior, sendo que o DXY, índice que mede a força do dólar frente a outros pares de países desenvolvidos, subiu 0,93%, aos 103,36 pontos. No Brasil, o volume de serviços voltou a crescer em novembro, após três meses de queda. Mas pouco adiantou. Esta terça foi para esquecer.
Esta terça-feira pode ser considerado um dia para ser esquecido. Ou, para parecer mais otimista, foi um dia em que os investidores adotaram a “cautela” como palavra de ordem. Motivos não faltam, com a falta de catalisadores para os ativos de risco.
Um desses motivos tem localização precisa no mapa: o Mar Vermelho. Com as tensões subindo cada vez mais, a importante rota marítima vem sendo evitada, o que leva à elevação do custo do transporte.
E impacta o petróleo. Hoje, os preços da commodity ficaram mistos nas duas principais referências, mas Petrobras recuou 1,10% e 1,24%, e a diferença segue estreita.
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