Ao menos quatro governadores
marcam presença no ato pró-Bolsonaro na Avenida Paulista neste domingo (25/2).
Tarcísio de Freitas (Republicanos), de São Paulo; Romeu Zema (Novo), de Minas
Gerais; Ronaldo Caiado (União), de Goiás; e Jorginho Mello (PL), de Santa
Catarina, estão entre a multidão de bolsonaristas que se manifestam na
principal avenida da capital paulista, convocados pelo próprio ex-presidente.
O senador Izalci Lucas (PSDB/DF)
também está presente, além de várias deputados distritais: o líder da bancada o
PL na Câmara Legislativa, Joaquim Roriz Neto; Thiago Manzoni (PL); Iolando
Almeida (MDB); Paula Belmonte (Cidadania); Pastor Daniel de Castro (PP); e
Roosevelt Vilela (PL). Entre os deputados federais pelo DF, são presenças
confirmadas Bia Kicis, presidente do PL no DF, e Alberto Fraga (PL).
O Correio tenta contato com a
Secretaria de Segurança Pública de São Paulo para informações sobre o número
destimado de participantes. Assim que houver retorno, essa matéria será
atualizada. Cerca de 2 mil policiais devem fazer a segurança do ato.
Convocação para demonstrar força
política
Bolsonaro convocou o ato há pouco
mais de 10 dias, em vídeo publicado nas redes sociais, em que define o evento
como um “ato pacífico em defesa do Estado Democrático de Direito”. O
ex-presidente pediu que os militantes vistam verde e amarelo, mas que não levem
faixas com críticas a ninguém.
O ato ocorre em meio a
investigações que ameaçam o político, que está inelegível, por decisão do
Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A Operação Tempus Veritatis foi deflagrada
pela Polícia Federal quatro dias antes da convocação e investiga organização criminosa
que atuou na tentativa de efetuar um golpe de Estado.
Ao todo, foram cumpridos 33
mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48
medidas cautelares diversas da prisão, que incluem a proibição de manter
contato com os demais investigados, proibição de se ausentarem do país, com
entrega dos passaportes e suspensão do exercício de funções públicas.
Além de Bolsonaro (PL), são alvos
da operação o ex-ministro da Casa Civil Walter Braga Netto; o general Augusto
Heleno; os ex-ministros da Defesa Paulo Sérgio Nogueira e Anderson Torres, e
diversos militares e aliados políticos do ex-presidente da República. Em
depoimento na última semana, na Polícia Federal em Brasília, o ex-presidente se
manteve em silêncio.
Como mostrou o Correio, em razão
do cenário delicado, Bolsonaro foi orientado a evitar “radicalização” durante o ato e, portanto, a não atacar ministros do Supremo ou políticos da
oposição. Na quinta-feira (22), após o depoimento à PF, o advogado do
ex-presidente, Fabio Wajngarten, afirmou que a expectativa para a manifestação
era “a melhor possível”. “Bolsonaro terá uma grande oportunidade de
fazer um balanço do seu governo, uma retrospectiva”, disse. (Mariana
Niederauer ? Correio Brasiliense).
Foto: Miguel SCHINCARIOL / AFP