Levy é muito menos Judas e muito mais Cristo, diz Temer

Depois de a presidente
Dilma Rousseff dizer que o ministro da Fazenda, Joaquim Levy, não pode ser
transformado em [Judas] por causa das medidas impopulares do ajuste fiscal, o
vice-presidente Michel Temer afirmou nesta segunda-feira, 8, que Levy é [muito menos
Judas e muito mais Cristo]. A atuação do ministro está na mira de setores do
PT, que realiza um congresso de 11 a 14 de junho em Salvador (BA).

[Eu penso que o ajuste
fiscal que o Levy está levando adiante vai representar exatamente isso: no
primeiro momento parece uma coisa difícil, complicada, mas que vai dar os
melhores resultados], afirmou Temer a jornalistas, ao chegar ao gabinete da
Vice-Presidência.

[Ele (Levy) tem de ser
tratado como Cristo, que sofreu muito, foi crucificado, mas teve uma vitória
extraordinária na medida em que deixou um exemplo magnífico, um exemplo extraordinário
para todo mundo], disse o vice-presidente.

Temer se reúne, às 19h30,
com Levy, o ministro-chefe da Casa Civil, Aloizio Mercadante, e líderes da base
no Senado para tratar do panorama de votações desta semana na Casa. Na
quarta-feira, 10, deverá discutir com líderes da Câmara para tratar do projeto
de lei que revê a política de desoneração da folha de pagamento. A votação
dessa matéria é encarada pelo Planalto como o [Dia D] do ajuste fiscal.

Injustiça. Em entrevista
exclusiva ao Estado, publicada nesta segunda, a presidente afirmou considerar
[injustas] as críticas disparadas contra o ministro da Fazenda.

[Todo mundo aguenta. Eu
acho injustas (as críticas a Levy) porque não é responsabilidade exclusiva
dele. Não se pode fazer isso, criar um Judas. Isso é mais fácil. É bem típico e
uma forma errada de resolver o problema], disse Dilma ao Estado.

(Diário do Poder)

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