Alba concede comenda 2 de julho para Fernanda Silva Lordêlo

Autoridades, parentes, colegas de
trabalho, alunos e amigos da secretária municipal de Políticas para Mulheres,
Infância e Juventude da cidade de Salvador, Fernanda Silva Lordêlo, lotaram o
plenário da Assembleia Legislativa da Bahia (ALBA), nesta terça-feira (7), para
assisti-la ser homenageada com a outorga da Comenda 2 de Julho. A seção
especial de entrega da honraria foi presidida pelo deputado proponente, Alan
Sanches (UB), líder da minoria na Casa.

A homenageada foi convidada a
entrar o recinto conduzida pelos pais, Neide e Manoel Lordêlo, o esposo, Joir,
e o filho, Tiago, sendo levada à Mesa composta ainda pela vice-prefeita e
secretária municipal de Saúde de Salvador, Ana Paula Matos, pelo vereador de
Salvador Duda Sanches, pela defensora pública geral da Bahia, Firmiane
Venâncio, pela secretária municipal da Reparação, Ivete Sacramento, pelo juiz
do Tribunal Regional do Trabalho, Rodolfo Pamplona Filho, pela presidente da
Associação dos Procuradores do Município de Salvador, Maria Amélia Maciel
Machado, pelo procurador do Estado da Bahia, Miguel Calmon Dantas, e pelo
presidente da Fecomércio-BA, Kelsor Fernandes. Também prestigiaram o evento as
deputadas Fabíola Mansur (PSB) e Kátia Oliveira (UB) e o deputado Luciano
Simões Filho (UB)

Em seu discurso, Alan Sanches fez
questão de ressaltar que não é comum ele apresentar projetos de concessão de
honrarias, sendo bastante criterioso sempre que conhece uma figura relevante
com feitos capazes de se cacifar à proposição de uma comenda. “Toda cautela não
me foi necessária quando conheci Fernanda Silva Lordêlo e a sua história.
Acredito, inclusive, que hoje falarei de Fernandas, porque não sei se esta Casa
Legislativa já contemplou com a Comenda 2 de Julho figura tão multifacetada e
tão presente em tantas diferentes atmosferas como Fernanda Lordêlo”, disse o
deputado

Para além do currículo de
Fernanda Lordêlo, que é técnica em química pela Escola Técnica Federal da
Bahia, graduada em Direito pela Universidade Católica do Salvador (UCSal), com
especialização em Direto Processual Civil e Direito do Trabalho pela Juspodivm
e mestrado em Bionergia pela Faculdade de Tecnologia e Ciências de Salvador
(FTC), Alan Sanches fez questão de destacar o trabalho da homenageada à frente
da Secretaria de Políticas para Mulheres, Infância e Juventude de Salvador
(SPMJ), conferindo, como ele explica, “novos rumos e um inovador protagonismo à
pasta, trazendo a defesa da mulher e da infância para o centro da discussão do
poder público em sua atmosfera municipal, estadual e federal”.

A versatilidade da homenageada,
com atuação múltipla, foi elogiada por Alan Sanches, que destacou a Fernanda
docente e coordenadora de curso, a Fernanda ativista social, a Fernanda
religiosa, filha de Iansã, e a Fernanda filha, esposa e mãe. Ele ressaltou
ainda que a homenagem, no dia 7, data que antecede o Dia da Mulher (8 de
março), não ocorreu por mero acaso.

“Estava escrito que essa
Fernanda, mulher guerreira, dedicada profissional e tão acolhedora, em algum
momento da sua estrada, teria o reconhecimento do Poder Público da sua
significância para tantos e, sobretudo, para tantas por aí”, declarou o
parlamentar.

A vice-prefeita de Salvador, Ana
Paula Matos, disse que a entrega da Comenda 2 de Julho a Fernanda Lordêlo era
muito justa, pela figura compenetrada e rigorosa com os estudos, pela
militância no trabalho social, pelo coleguismo, pela busca de justiça e equidade
e verdade. “Continue dividindo o que você tem de melhor, que é o seu coração,
sua generosidade. E que você alce novos e maiores voos, que eu estarei sempre
ao seu lado”, afirmou.

AGRADECIMENTO

Após a exibição de um vídeo, com
declarações de parentes, amigos e alunos, além do prefeito de Salvador, Bruno
Reis, a homenageada recebeu a Comenda 2 de Julho das mãos da família e do
deputado Alan Sanches, indo em seguida ao púlpito. Em seu discurso, agradeceu a
homenagem prestada pela ALBA, na figura do deputado Alan Sanches, e fez uma
reflexão sobre sua trajetória que a levou até aquele momento.

Lembrou de sua ancestralidade,
nas figuras das avós materna e paterna, uma sindicalista e outra mãe de santo.
Recordou sua passagem pela Escola Técnica, citando ex-colegas que estavam na
plateia, do curso de direito, com amigos da UCSal também presentes, e de cada
um dos estágios da vida.

A relevância maior ficou para a
sua atual passagem pela SPMJ. “Que desafio! Trabalhar com políticas públicas
que interferem diretamente na qualidade de vida das pessoas da nossa cidade é
uma responsabilidade sem precedentes. E esse é um desfaio coletivo, pois, na
gestão, precisamos construir projetos com os nossos times, planejar
estrategicamente, dialogar em rede, transformar a realidade através da escuta
ativa e de muito compromisso”.

A secretária da SPMJ destacou a
experiência diante da Casa da Mulher Brasileira, inaugurada no final de 2013,
que concentra, em um mesmo local, diversos serviços especializados de atenção
às mulheres vítimas de violência. “Vem como uma grande referência de política
pública. Uma entrega de relevante interesse público à qual tive a honra de
liderar para garantir a implantação na nossa cidade”, disse a secretária,
acrescentando que, desde que a Casa foi inaugurada, em 19 de dezembro de 2013,
mais de mil mulheres já passaram por atendimento no local.

Fernanda também lamentou os
números do relatório Elas Vivem, organizado pela Rede de Observatórios da
Segurança em 2022, que indica que a Bahia se tornou o estado do Nordeste com
maior índice de violência contra a mulher em números absolutos. Ela citou também
dados do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos, que
colocam a Bahia em 5º lugar, no Brasil, nos índices de feminicídio.

“De acordo com dados do Monitor
de Violência e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, a Bahia tem 1,4
feminicídios a cada 100 mil habitantes, enquanto o Brasil tem 1,3 casos. Essa é
nossa realidade. Por isso, trabalho muito e acredito que precisamos estar
juntos para, em um esforço comum, trabalhar na reconstrução de uma sociedade,
que além de desenvolvida economicamente, seja mais justa e igualitária”,
concluiu Fernanda Lordêlo. (Agencia Alba).

Foto: MartaFarias&IanPedro/AgênciaALBA