Após a sessão onde ocorreu
bate-boca e empurra-empurra entre os deputados do PL, PT e PCdoB, os deputados
Diego Castro, Leandro de Jesus, Olívia Santana e Marcelino Galo deram suas
versões sobre o ocorrido.
A confusão foi formada após a
deputada Olívia Santana criticar os deputados bolsonaristas pelo apoio à PEC do
Aborto, o que foi interpretado pelos bolsonarista como apoio ao estupro.
Diego Castro prometeu tomar
providências.
“Infelizmente, os nossos
adversários não sabem o que é democracia, não é à toa que eles louvam Cuba,
louvam Venezuela, gostam de Marx, gostam de Stalin, gostam de todos os algozes
que tiveram do lado totalitário da história. É assim onde o comunismo passa,
não é à toa que a deputada Olívia Santana, que iniciou essa confusão, e o
deputado Marcelino Galo, estão desse lado. E se consideram socialistas”,
disparou Diego Castro.
“A deputada indiretamente
associou que pelo fato de nós defendermos as armas, estaríamos defendendo os
estupradores, isso ficou configurado na fala dela, e eu simplesmente fui, me
direcionar à mesa para, em questão de ordem, que se retirassem esses termos das
notas taquigráficas, para que essa mentira contada por ela no futuro não se
tornasse uma verdade, uma tática nazista, de contar mentira. Mentira e
eternizar futuramente com uma verdade”, pontuou o parlamentar do PL.
E a deputada, minha questão de
ordem foi negada, de forma lamentável, a deputada não tive outra alternativa,
tive que desmentir a fala dela, continuei desmentindo, e os deputados do PT
partiram para ver de fato, como mostra no vídeo, me empurrou, deputado
Rosemberg veio de maneira efusiva, descontrolada, dizer mentiras também, e a
gente não pode assistir isso calado, né?”, criticou o bolsonarista.
A parlamentar do PCdoB prometeu
levar tanto Diego Castro como Leandro de Jesus ao Conselho de Ética da
Assembleia Legislativa da Bahia, por quebra do decoro parlamentar mediante
prática de violência de gênero e política.
“Eu me pronunciei contra um
projeto de lei que tem causado uma grande repercussão no Brasil. Na minha
condição de mulher, mulher negra que conhece a periferia, conhece a miséria,
sabe muito bem que se esse PL for aprovado são as mulheres pobres, as mulheres
que já vivem em situação de precariedade, mulheres que foram e meninas
estupradas terem que responder pela interrupção de uma gravidez como se fossem
assassinas, criminosas, recebendo penas superiores a de um estuprador, isso é
inaceitável e eu fiz a minha fala com argumento, destacando e citando uma série
de casos de violência contra mulheres”, desabafou Olívia.
“Não serei silenciada por
atitudes autoritárias de colegas que só conhecem a truculência como linguagem,
isso aqui é o parlamento e é a Casa que tem que defender a igualdade e a
democracia”, ressaltou a deputada estadual do PCdoB.
O deputado estadual Leandro de
Jesus criticou uma suposta associação da deputada do PC dele e de Diego ao
estupro: “disparate, o absurdo de nós associar ao estupro. Sou pai de família,
sou casado”.
O deputado estadual Marcelino
Galo criticou o que classifica como postura autoritária dos deputados
bolsonaristas.
“O que de fato aconteceu, que eu
estava ali no plenário, e vocês todos viram e ouviram uma tentativa de agressão
das duas mulheres ali, tinha uma deputada mulher e dois deputados em dedo e
riste, ameaçando, quer dizer, isso não cabe no Parlamento, então é uma atitude
extremamente violenta, é uma prática deles fazer a lacração, na verdade eles
tinham o objetivo de fazer isso”, apontou Galo.
“Então a deputada Olivia fez o
seu pronunciamento no que o regimento diz da casa no púlpito ali, ela estava na
tribuna, discursando, ela tinha todo o direito de fazer, e a forma mais
correta, se ele tinha que se contrapor a ela, ele tem inscrição. Poderia falar
ali, mas preferiu ir pela atitude mais truculenta e que faz jus ao projeto dos
estupradores, que são os homens usando a violência contra a mulher”, pontuou o
político.
Marcelino não descartou levar o
caso ao Conselho de Ética: “Então isso foi presenciado publicamente, vocês da
imprensa estavam lá, todos deputados e deputadas, ali a presidência da mesa viu
tudo o que aconteceu e aí vai se avaliar o que é. Então não é uma atitude
individual, eu faço parte do conselho, se o conselho receber qualquer
provocação, nós vamos tratar”. (Raul Aguilar – Off) News.
Foto: Divulgação/Off News