“Meu filho foi chamado de vagabundo e marginal, por isso vou até o fim”, diz pai de aluno agredido por diretora de unidade escolar em Feira

Na segunda (19), publicamos a
denúncia da mãe Jandira Carla, após ela postar um desabafo nas redes sociais ao
relatar que seu filho com TEA (Transtorno do Espectro Austista) e diagnóstico
de seletividade alimentar, que estuda no Instituto de Educação em Tempo
Integral Gastão Guimarães, ter sido impedido pela diretora Alfreda Xavier, de
consumir alimentos de casa, fazendo com que o estudante permanecesse com fome
durante todo o período em que ele estava na instituição, uma vez que não
consegue consumir o alimento oferecido pela unidade escolar.

Após denúncia publicada
primeiramente no Conectado News, posteriormente por outros veículos de
comunicação e também de uma manifestação de alunos em frente a Instituição,
ocorrida na tarde de quinta (22), a diretora da unidade de ensino foi afastada
do cargo. Porém, os problemas tem raízes muito mais profundas.

Motivadas pela denúncia da mãe
Jandira Carla, outros pais procuraram a nossa redação para relatar outros casos
de abuso e agressão cometidos pela diretora da instituição, que segundo eles, o
número é muito maior. Neviton Casaes, relatou ao Conectado News que seu filho
foi agredido e passou a ser perseguido por conta do seu desejo de reabrir o
grêmio estudantil. O pai relata ainda, que houve dois casos de agressão, um
dentro da sala da diretora, onde não há câmeras e outro frente a inúmeras
pessoas em uma reunião de pais e mestres, onde sua esposa foi agredida ao
tentar defender o filho. Ainda segundo ele, os casos aconteceram em março.

“Meu filho estudou durante
um ano no Gastão Guimarães e pediu a transferência para o Colégio Modelo Luís
Eduardo Magalhães, a própria Alfreda ligou para ele e pediu para que ele
retornasse ao Gastão. Assim ele fez. Ao retornar à unidade escolar, sua
primeira exigência, junto com outros jovens, era reabrir o grêmio estudantil, e
assim, ela passou a perseguir estes adolescentes. Levou meu filho para a sua
sala, o acusou de diversas coisas, que tinha recebido a informação de que meu
filho estava com uma faca de plástico no banheiro e o ameaçou de expulsão. meu
filho disse que iria ligar para um advogado e ela teria que explicar o motivo
da expulsão, foi porque eu pedi para reabrir o grêmio? Ela pôs o cotovelo na
garganta dele, tomou o celular e disse que ele não entraria mais na escola. No
dia seguinte, ele retornou acompanhado de minha esposa, dentro do auditório os
alunos desmentiram a diretora, meu filho também confirmou que ela estava
mentindo, Alfreda bateu na mesa e foi em cima do meu filho, nesse momento,
minha esposa a impediu de agredir o meu filho, tudo isso em um auditório cheio.
A diretora abriu um Boletim de Ocorrência contra minha esposa, me impediu,
também a Polícia Militar, e os advogados, de entrarem no local da reunião. No
dia que estive lá, várias mães relataram no conselho que estavam tirando as
crianças por conta das agressões cometidas por ela, meu filho teve de fazer
tratamento com o psicólogo por causa dela. Meu filho estuda no Colégio Modelo,
recebeu o selo de aluno excelente, é um menino que nunca perdeu um ano ou se
envolveu em confusão, é evangélico, vou até o fim, pois ela chamou o meu filho
de marginal e vagabundo, se ela está formando um adolescente, ele não pode ser
tratado desta forma”, disse. (Hely Brandão/Conectado News).

Foto: Instagram Jerônimo
Rodrigues